tag:blogger.com,1999:blog-52463343175055171392024-03-05T17:17:39.809-08:00.Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.comBlogger153125tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-59190053904092383382011-03-18T14:16:00.000-07:002011-03-18T14:16:01.160-07:00A arte de seduzir<strong><span style="color: red; font-size: 180%;"></span></strong><br />
<strong><span style="color: red; font-size: 180%;"></span></strong><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><span style="color: #993300;">Frei Betto, escritor e assessor de movimentos sociais</span><br /></span><br />
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5585240397748479522" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibyFDG5sWKGc67jMV5KB35tRGDD2F2PC_R1L7qZyyoQ4tgMeWEmNX-9WqQdhS41YIjVemEdyXjw0OsiYJfHiz2Y3rOcBRaBhh71bVk55WRp1H9wyiHLKtEtd2jGptThDu24YmvnwODzmw/s400/sedu%25C3%25A7%25C3%25A3o+2.jpg" style="display: block; height: 294px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 316px;" /> Toda ditadura é megalômana. E a que governou o Brasil sob botas e fuzis, de 1964 a 1985, não foi diferente.<br /><br /><br />A construção da rodovia Transamazônica simboliza a arrogância do regime militar.<br />Rasgou-se
a selva de leste a oeste. Abriu-se a estrada em paralelo a caudalosas
vias fluviais. Em vez de aprimorar o sistema de navegação pelo rio
Amazonas e seus afluentes, a ditadura preferiu obrigar a floresta a
ajoelhar-se a seus pés. Possantes máquinas puseram abaixo árvores
milenares encorpadas de madeiras nobres, destruíram ecossistemas
preciosos, alteraram o equilíbrio ecológico da região.<br /><br /><br />Tudo
em nome de uma palavra tão propalada e, no entanto, vazia de
significado: desenvolvimento. Leia-se: exploração predatória da maior
floresta tropical do mundo, aberta à voracidade de mineradoras,
madeireiras e, sobretudo, do latifúndio predador, quase sempre movido a
trabalho escravo.<br /><br /><br />"No meio do caminho havia uma pedra”,
repetiria Drummond. Povos indígenas. Como impedir que oferecessem
resistência? Simples: através da arte de seduzir. A Funai ergueu tapini
(cabanas de folhas). Dentro, utensílios de caça e cozinha, ferramentas
etc. Os índios, encantados com os objetos, acolhiam gentilmente os
caras-pálidas. E ingenuamente eram cooptados pelas relações
mercantilistas. Em troca de bugigangas perdiam saúde, terras, liberdade e
vida.<br />Detalhe: o mato, não o gato, comeu a Transamazônica, fonte de riqueza e poder de umas tantas empreiteiras.<br /><br /><br />Hoje,
os índios somos todos nós. Os tapini, os shopping, a publicidade, as
veneráveis bugigangas que nos agregam valor. O inumano imprime sentido
ao humano, como faziam os deuses de ouro denunciados pelos profetas
bíblicos: tinham boca, mas não falavam; olhos, mas não viam; ouvidos,
mas não escutavam; pés, mas não andavam...<br /><br />Estamos todos somos
sob o efeito hipnótico do consumismo. Não importa se o produto é frágil
ou de má qualidade. Seu design nos cativa. Sua publicidade nos faz
acreditar que estamos comprando a oitava maravilha do mundo! E,
ingenuamente, que se trata de um produto durável, mesmo conscientes de
que o capitalismo não se importa com o direito do consumidor, e sim com a
margem de lucro do produtor.<br /><br /><br />Como se livrar do labirinto
consumista que, na verdade, se consuma nos consumindo? Não vejo outra
porta de saída fora da espiritualidade, somada a uma nova visão do
mundo.<br /><br /><br />Sem espiritualidade corremos o risco – sobretudo os
mais jovens – de dar importância àquilo que não tem. Imbuídos da baixa
autoestima que nos incute a publicidade ("você não é ninguém porque não
possui este carro, não veste esta roupa, não faz esta viagem...”)
encaramos a mercadoria como algo que nos agrega valor. Não basta a
camisa, a bolsa ou o tênis. Têm que ser de grife, com a etiqueta exibida
do lado de fora.<br /><br /><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5585240398018281170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-dglviy2yqxjK7G3Vd-MWFbvtrIH35jDIjH3YsyfmmaF_L0e5-zbDKk1YQ_O8iM1cUuaL3-nNgq5yU0b2uBz1Dm0Fj0u_a0qFBDJk4NcZWPL5kU2WV-KWBi5uCNsdRztEJi2F22Iy3lY/s400/sedu%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" style="display: block; height: 186px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 271px;" /></span><span style="font-size: small;"><br />Assim,
todos à nossa volta haverão de reconhecer o nosso status. E quiçá
invejar-nos. E aquele ser humano que, ao lado, carece de produtos
refinados, é visto como não tendo nenhuma importância. Pois não se
enquadra no atual princípio pós-cartesiano: "Consumo, logo existo.”<br /><br /><br />É
espiritualizada toda pessoa cujo sentido de vida deita raízes em sua
subjetividade e cujas opções são movidas por ideais altruístas. Ela não
faz do que possui –conta bancária, títulos, casa, carro etc.– seu fator
de autoestima. Sabe que tem valor em si, que não é nutrido pela posse de
bens e sim por sua capacidade de fazer o bem aos outros. Sua autoestima
se funda na generosidade, solidariedade e compaixão. Ela é feliz porque
sabe fazer outras pessoas felizes.<br /><br /><br />O mercado tudo oferece.
Todos os seus produtos nos chegam embrulhados em papel de presente: se
compramos este carro, seremos felizes; se bebemos aquela cerveja, nos
sentiremos alegres; se adquirimos tal roupa, ficaremos joviais. O único
bem que o mercado jamais oferta é justamente este que mais buscamos: a
felicidade. No máximo, o mercado tenta nos convencer de que a felicidade
é o resultado da soma de prazeres.<br /><br /><br />Ora, a felicidade é um
bem do espírito, jamais dos sentidos, da cobiça ou da arrogância. É
feliz quem ousa destampar o próprio ego e conectar-se com o
Transcendente, o próximo e a natureza. Esse irromper para fora de si
mesmo tem nome: amor. E se manifesta nas dimensões pessoal, no dom de si
ao outro, e na social, no empenho de construir um mundo melhor.<br /><br /></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: #993300;">Frei
Betto é escritor, autor de "Diário de Fernando – nos cárceres da
ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros.
www.freibetto.org - twitter:@freibetto </span></span></div>
</div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-86462349088376013962011-03-15T18:08:00.000-07:002011-03-15T18:09:11.499-07:00Valor do professor<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Júlio César </span></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN6ul9iX-hnWLWSQzRb20hDXW021jdisgcG_mkCviQgK08ReIdav28EU93c7fDaUlgHsUO6TpSN-7QHjrAOFB4Hh5tvBNkvXjl7REEU5cWwWQBPuftvP5C3tED4IKxBwpxxPFlJmxqmzI/s1600/julio+blog.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" q6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN6ul9iX-hnWLWSQzRb20hDXW021jdisgcG_mkCviQgK08ReIdav28EU93c7fDaUlgHsUO6TpSN-7QHjrAOFB4Hh5tvBNkvXjl7REEU5cWwWQBPuftvP5C3tED4IKxBwpxxPFlJmxqmzI/s1600/julio+blog.jpg" /></span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Seja um professor”. É o que diz uma campanha do Ministério da Educação que procura atrair os jovens à carreira. O investimento na propaganda não é à toa. Há algumas décadas, o número de professores em sala de aula vem caindo. Ano passado, o MEC registrou um déficit de 240 mil professores, da 5a série ao Ensino Médio. A ausência desses profissionais é tão grande que a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo chegou a idealizar um projeto de recrutamento de alunos para dar aulas de matemática. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enfim, não é preciso ser um expert no assunto para saber que a educação não é prioridade no Brasil. Lembrando que estamos falando de um país cuja economia é a oitava maior do mundo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em países pequenos que priorizam a educação, como Cingapura, a carreira de professor é mais do que almejada. Além de serem bem remunerados, os professores cingapurianos são reconhecidos pelo seu trabalho e os melhores chegam até a ser condecorados pelo presidente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> E no Brasil, qual é o valor de um professor? Descobri ontem de manhã, quando li uma corrente intitulada ‘Troque um parlamentar por 344 professores’. Confiram abaixo: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Sou professor de Física, de ensino médio de uma escola pública em uma cidade do interior da Bahia e gostaria de expor a você o meu salário bruto mensal: R$650,00. Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem um curso superior como eu e recebem minguados R$440,00. Será que alguém acha que, com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar? Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando, atualmente a regra é essa: O professor faz de conta que dá aula, o aluno faz de conta que aprende, o Governo faz de conta que paga e a escola aprova o aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura verdade! Leciono porque sou um idealista e atualmente vejo a profissão como um trabalho social. Mas nessa semana, o soco que tomei na boca do estomago do meu idealismo foi duro! Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por ano… São os parlamentares mais caros do mundo. O minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$11.545. Na Itália, são gastos com parlamentares R$3,9 milhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões, na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850 mil e na vizinha Argentina R$1,3 milhões. Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior ! Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você divulgasse minha campanha, na qual o lema será: Troque um parlamentar por 344 professores.” </span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na propaganda vinculada pelo MEC, além das clássicas imagens de crianças correndo em direção à escola e de alunos sorrindo em aula, faz-se uma pergunta muito pertinente: Qual o profissional responsável pelo desenvolvimento? Várias pessoas de diversas nacionalidades responderam a pergunta com a palavra “professor” em inglês, espanhol, francês, e outras línguas que são faladas nas outras 7 maiores economias do mundo. Pois é, mas ninguém respondeu à pergunta em português… </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Julio César Cientista da Religião e Antropólogo</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Twitter: </span><a href="http://twitter.com/#!/jcientista"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://twitter.com/#!/jcientista</span></a></div>
<br />
<br />Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-50480684052205134162011-03-05T17:43:00.001-08:002011-03-05T17:50:01.321-08:00Música de Rubinho do Vale<iframe title="YouTube video player" width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/o4eKGoOOIOg?hd=1" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-45595090077869502642011-03-05T17:26:00.000-08:002011-03-05T17:35:55.847-08:00Que é o Homem?<span class="Apple-style-span" style="color: white;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9TJB91KhBbua5Agjr_WdU9R3y9xE6zrS8oYU2zKvacgV-m3f7msvSSRqe9xz8y9Q0FfZfCRR-qGm9NHbl1N9UoQbh5ltzfDG2L92RtFftTG9kPSBuC7zWlgU2pHpV8m2XW33AlDrqMFE/s1600/julio+blog.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9TJB91KhBbua5Agjr_WdU9R3y9xE6zrS8oYU2zKvacgV-m3f7msvSSRqe9xz8y9Q0FfZfCRR-qGm9NHbl1N9UoQbh5ltzfDG2L92RtFftTG9kPSBuC7zWlgU2pHpV8m2XW33AlDrqMFE/s1600/julio+blog.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9TJB91KhBbua5Agjr_WdU9R3y9xE6zrS8oYU2zKvacgV-m3f7msvSSRqe9xz8y9Q0FfZfCRR-qGm9NHbl1N9UoQbh5ltzfDG2L92RtFftTG9kPSBuC7zWlgU2pHpV8m2XW33AlDrqMFE/s1600/julio+blog.jpg" /></a></div>
<i>Por Júlio César </i><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://twitter.com/#!/jcientista"><i>http://twitter.com/#!/jcientista</i></a></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Homem – do latim homine significa qualquer indivíduo pertencente à espécie animal que apresenta maior grau de complexidade na escala evolutiva. (Aurélio) Antropologia física. Vertebrado, pertencente à classe dos Mamíferos, subclasse dos Placentários, ordem dos Primatas, família dos Hominídeos, gênero Homo, que se encontra representado na atualidade por uma única espécie, o Homo Sapiens Lin, com vários grupos, raças, sub-raças e tipos ou fácies locais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também se define como o único animal mamífero de posição normal ou vertical, capaz de linguagem articulada, constituindo entidade moral e social. (Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura) Há no homem três coisas: 1.º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2.º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3.º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o espírito". (Kardec, 1995) </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os filósofos pré-socráticos tinham como objetivo a busca do princípio único, o arché de todas as coisas. As suas especulações voltavam-se para o Universo e o Cosmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Posteriormente surgiu Sócrates, que passou a inquirir sobre o próprio homem, no sentido de compreender o seu íntimo e o móvel de suas ações. O conhece-te a ti mesmo ou a autoconsciência do homem é o seu método de estudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois disso, os filósofos nunca mais pararam de questionar sobre o homem e sua função na sociedade. A filosofia, doravante tornou-se antropocêntrica, ou seja, colocou o homem no seu centro de discussão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pode-se dizer que a filosofia é uma forma de compreensão da vida e do mundo. Podemos especular sobre o mundo, sobre o ser, sobre a verdade e sobre a justiça; podemos perscrutar e elaborar análises sobre os mais variados temas; podemos tentar apreender o que é o bem e o que é mal. Contudo, no fundo de tudo isto está o homem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Devíamos, assim, pedir à filosofia que nos ajude a compreender o mundo humano, apontando-nos os caminhos que possam nos afastar do mal. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diante desta colocação filosófica, pergunta-se: Que é o homem? Qual sua função? Qual sua natureza? E seu destino? Há, sobre o homem, muitas denominações: Alto e baixo, feio e bonito, elegante e deselegante, gordo e magro. Humilde e orgulhoso, caridoso e egoísta, justo e injusto, virtuoso e viciado, bom e mau.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Homem econômico (Marx), Homem instintivo (Freud), Homem angustiado (Kierkegaard), Homem existente (Heidegger), Homem utópico (Bloch), Homem falível (Ricouer), Homem hermenêutico (Gadamer), Homem problemático (Marcel).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do livro Gênesis, do Antigo Testamento, extraímos: 1) "E formou o Senhor Deus o homem do barro da terra, e inspirou no seu rosto o sopro da vida; e o homem tornou-se alma vivente"; 2) "Deus criou o homem à sua imagem e conforme a sua semelhança". O homem está no mundo, mas não é do mundo. Há a sua corporeidade, mas também a sua espiritualidade, que o faz transcender o mundo da matéria. Além de ser cultural, social, familial, o homem é único e uno. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
À medida que o homem exercita sua inteligência, ela amplia-se. Do simples chegamos ao complexo; do conhecido ao desconhecido. Porém, surgem, também, os desmandos intelectuais, ou seja, o homem começa a se colocar acima do Criador, enveredando-se pela trilha do orgulho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse mister, o ser humano jamais deveria orgulhar-se da sua inteligência. Se Deus, na sua infinita bondade, concedeu-nos a oportunidade de renascermos num meio em que possamos desenvolver a nossa inteligência, é para que a utilizemos em nosso benefício e dos nossos semelhantes. A inteligência desenvolvida é um talento com finalidade útil nas mãos das criaturas, para que estas ajudem àqueles que têm uma inteligência menos desenvolvida, objetivando fazer com que se aproximem, cada vez mais, do Criador. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Julio César Cientista Religião e Antropólogo.</div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-44754847496221529212011-02-19T12:34:00.000-08:002011-02-19T12:46:58.030-08:00A ética e direitos humanos<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="apple-style-span"><i>Por Júlio César </i></span><a href="http://twitter.com/#!/jcientista"><i>http://twitter.com/#!/jcientista</i></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCGeXnMT8Ue9o2lBZxv5jccaAI9RDlnqZzVdAE9kbP0m-8atK_OGpXiIdkFo0MzvZMFuJxxSsXxpf-WaYHYAiAb5USzoqejt8zpHjPpC5Zg_sDq4d96PE7KBCLvjSfnuSGnKDuY4Pd39c/s1600/julio+blog.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCGeXnMT8Ue9o2lBZxv5jccaAI9RDlnqZzVdAE9kbP0m-8atK_OGpXiIdkFo0MzvZMFuJxxSsXxpf-WaYHYAiAb5USzoqejt8zpHjPpC5Zg_sDq4d96PE7KBCLvjSfnuSGnKDuY4Pd39c/s200/julio+blog.jpg" width="158" /></span></a><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A ética parte da história dos homens: nossas realizações,
nossos desafios e nossas incoerências, sejam individuais ou coletivas. Tudo o
que fazemos cotidianamente, acaba sendo marcado por regras implícitas, normas,
referências, valores e princípios que são parte tácita do mundo e comunidade na
qual estamos imersos. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A reflexão sobre o comportamento ético, parte então deste
contexto de vida -individual e coletivo -questionando princípios, valores,
regras, etc., implícitos em nossas ações, bem como o reflexo destas ações sobre
o mundo e nossos semelhantes. Logo, a ética julga as relações humanas, conforme
seu contexto histórico. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A formação de comportamentos éticos, independente da
época, sempre foram essenciais para o convívio harmônico do ser humano, além do
que, tal formação é cada vez mais um desafio arrojado diante da vulnerabilidade
dos valores inerentes aos direitos humanos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> A ética está acima da moralidade.
Sua reflexão é a reflexão a respeito da moralidade. A moral possui caráter
prático, imediato e restrito. Já a ética produz uma reflexão sobre a moral,
procurando justificá-la, com o objetivo de orientar racionalmente as ações
humanas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="apple-style-span"> Desta feita, a ética e a moral são congruentes na medida em que
apontam como finalidade a construção de um caráter íntegro para o homem,
equivalente, portanto, às perspectivas dos Direitos Humanos.</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">A moral está presente em
nosso discurso, influenciando nossos juízos e opiniões. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="apple-style-span">A ética reflete tais
juízos avaliando efetivamente se são importantes e podem ser entendidos como
uma boa conduta aplicável a todos os sujeitos, ou seja, se de caráter
universal. A ética promove modificações na moral, universalmente falando,
orientando de forma racional qual o melhor modo de vida humana.</span><span class="apple-converted-space"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre as aplicações práticas da ética na esfera
pessoal e social, o exercício de colocar-se no lugar do outro antes de dar uma
resposta, antes de julgar, antes de tomar uma decisão, é primordial e nos ajuda
a ser coerentes e éticos, além de evitar desavenças ou injustiças. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="apple-style-span">A frase:
"faço assim porque quero" é famosa e bem freqüente aos nossos
ouvidos. Mas, seremos verdadeiramente homens éticos e justos na medida em que
colocarmos nossos desejos em um plano secundário, privilegiando o todo, o
comum, o conjunto, onde, na verdade, sempre estivemos inseridos.</span><span class="apple-converted-space"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se os Direitos Humanos fundamentam-se na
preservação da vida e sua integridade física, moral e social, e se para
vivermos em plenitude é preciso usufruirmos do direito à liberdade, poderemos
preservá-la somente respeitando nosso semelhante. Portanto, tudo o que viola a
consecução normal da vida - sua liberdade, igualdade, etc. - transgride os
direitos fundamentais que nada mais são do que o direito de ser, de ser
diferente, de ter a liberdade e suas próprias crenças, de não sofrer a
discriminação por credo, raça, gênero, condição social, opção sexual, etc. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Daí
as dificuldades no exercício do comportamento ético, devido ao egoísmo inerente
ao caráter humano que nos abstrai da consciência coletiva e de respeito aos
direitos de ser de outros de nós. </span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12.0pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><span class="apple-style-span">OLIVEIRA (2004) fala um pouco sobre este
egoísmo nato:</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">Em suma, o desafio fundamental de nosso século apresenta
como pressuposto básico a fundamentação de um horizonte de bens e valores
éticos de maneira universal, superando condutas arrogantes, egoístas e
facilmente corrompíveis. Um desafio coletivo, uma responsabilidade de cada
cidadão, independente de condição social, raça, credo, idade, para que de fato
afiancemos nossos ideais de um povo íntegro e de princípios humanistas.</span><span class="apple-converted-space"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="color: dimgrey;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Julio César </span></i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pesquisador pelo Centro
Universitário Claretiano e Professor na área de Ciências humana.<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> </span></span></i></b></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-74310439407274743292011-02-04T20:44:00.000-08:002011-02-04T20:45:45.939-08:00CONCEITO, INTERAÇÃO E APLICABILIDADE DA FILOSOFIA EDUCACIONAL NOS PARÂMETROS ESCOLARES DE HOJE<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx7nKRK9-A9_TjHZRXP0vGE0VfYJoykzWX-EpaD6C7oxFTfON0yrSd-xynNULtiFBr_aXsFW7pjDc8_gIwLmIaBhZwq1JYKwUM-V_v7h02ofg5ORmmRR54zCcCbL7Txn2UKM7XNGwmIKk/s1600/julio+blog.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx7nKRK9-A9_TjHZRXP0vGE0VfYJoykzWX-EpaD6C7oxFTfON0yrSd-xynNULtiFBr_aXsFW7pjDc8_gIwLmIaBhZwq1JYKwUM-V_v7h02ofg5ORmmRR54zCcCbL7Txn2UKM7XNGwmIKk/s1600/julio+blog.jpg" /></a>Discutir
a Filosofia da Educação é antes de tudo, uma questão conceitual. Ao nosso
entender é inegável o uso do conceito como elemento básico para a obtenção do
conhecimento, seja este inerente a qualquer domínio da ciência. Desta forma
acreditamos que conhecer a Filosofia e conhecer a Educação são pressupostos
básicos para se analisar as interações entre ambas.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Assim, este artigo vai analisar
conceitualmente os domínios desta disciplina para em seguida buscar uma
resposta mais ou menos segura para o questionamento: Em que a Filosofia
contribui para a compreensão dos fenômenos educacionais?</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
É importante destacar ainda a
estreita relação entre a Filosofia e o conhecimento. Antes de discutir a
Educação, precisamos conhecer o processo de desenvolvimento do conhecimento a
partir da Antiguidade Clássica, onde percebemos uma transformação da tradição
oral à perspectiva de um conhecimento marcado pela escrita. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Estas observações tornam-se
relevantes na medida em que o conhecimento é o próprio objeto da educação. Nas
palavras de Paulo Freire tomamos ensinar como educar:</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Para entendermos a Filosofia como teoria devemos antes buscar a
etimologia da palavra teoria. Teoria vem do grego e quer dizer uma forma
privilegiada de ver. Em linhas gerais podemos entender a teoria como o aspecto
sob o qual uma coisa se apresenta e como a visão da verdade. O conhecimento
baseado na teoria é o conhecimento a partir da experiência, daquilo que se vê,
daquilo que se pode chamar de verdade.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Portanto o conhecimento é um
elemento indissociável da Educação, principalmente ao constatarmos que o
processo educacional visa a fornecer ferramentas necessárias à construção do
saber. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
E no sentido de cumprir esta função
última, torna-se necessário articular os domínios desta disciplina, agregando
meios de operacionalizá-la, onde o profissional ou educando da área possam
discutir e aplicar da maneira mais completa possível os conceitos desenvolvidos
neste domínio da prática pedagógica. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Julio César Cientista da Religião e Antropólogo<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Twitter:@jcientista</b></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-78779580766260144612011-02-02T17:03:00.000-08:002011-02-02T17:08:04.059-08:00Perguntas que sempre nos acompanha ao longo de nossa existência: De onde viemos? Onde estamos? Para onde vamos?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiQWtP782DX0JYCuGkIEkGKVfmUjNqrWkLQC-kmeGkJ6rL6COTv7-s3R1KThklZyssH84UOiek6xqdBBHEoBhEdTgg01zXCFvFrK1RbcpZ8UEWRxdWreEo3odRcuQI7a5f2s7ru4pEFfg/s1600/julio+blog.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiQWtP782DX0JYCuGkIEkGKVfmUjNqrWkLQC-kmeGkJ6rL6COTv7-s3R1KThklZyssH84UOiek6xqdBBHEoBhEdTgg01zXCFvFrK1RbcpZ8UEWRxdWreEo3odRcuQI7a5f2s7ru4pEFfg/s1600/julio+blog.jpg" /></a>Estas são três perguntas que
atravessam a vida da humanidade de todos os tempos. Estão ligadas ao nascer da
Filosofia. Batem em nosso coração de tempos em tempos. Causam até hoje espanto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"></span>O filósofo alemão M. Heidegger
reduzia-as a uma pergunta ainda mais concisa, absolutamente fundamental. Por
que existem as coisas e não o nada? Enfim, por que existimos? Por que estamos
aqui?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"></span>Outro filósofo, também alemão, I. Kant
fazia-se quatro perguntas em torno da mesma angústia existencial: Que posso
conhecer? Como devo comportar-me? Que me é permitido esperar? Quem é o homem?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"></span>Acompanhados com filósofos de tamanho
peso histórico, não é infantil que nos façamos hoje, mais uma vez, essas
perguntas. O primeiro início de resposta podemos encontrar no maior filósofo de
todos os tempos: Platão. É isso mesmo, lá de Atenas, na passagem do V para o IV
século antes de Cristo, o discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles,
escrevia que no início de todo pensar está uma atitude de admiração.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"></span>O poeta alemão Goethe”, octogenário,
no crepúsculo de sua existência, exclama: “Eis que existo para admirar! O grau
supremo a que o homem pode chegar é a admiração”. O primeiro gesto de admiração
é que existimos. Somos uma realidade e não ficamos perdidos eternamente na
obscuridade total do nada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então, de onde viemos? Do Ser e não do
nada. Onde moramos? Na casa do Ser, diria Heidegger. Para onde vamos? Para
habitar junto ao Ser. Só que este Ser tem nome. Não é uma realidade diluída e
obscura. É um mistério pessoal de infinita densidade. Aliás são três, para os
cristãos: Pai, Filho e Espírito Santo. Trindade augusta da qual viemos, na qual
habitamos e para a qual caminhamos. Por isso nossa vida toda ela tem sentido,
tem beleza, mesmo na dor, no sofrimento, na escuridão.<o:p></o:p></div>
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
De onde viemos? Da harmonia e não do ruído. Onde habitamos?
Na música e não no barulho? Para onde caminhamos? Para a sinfonia, e não para a
desafinação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<b>Julio César </b></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Cientista
da Religião e Antropólogo.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Twitter: @jcientista</b></div>
</div>
</span>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-55744721189207153842011-01-29T14:49:00.000-08:002011-01-29T14:53:37.724-08:00VIVO NA PIOR DAS GERAÇÕES<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<em>Por César Sampaio</em></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
“É na esperança que fomos salvos”. São Paulo.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjGpDnuHjP3Z_KQWq34bm3m2n4mq3TRBKXSd4zFTy9lDRiJVxBrZuCw8GFJeimglPaQWXHzGiH67IY0rdz6TB9Ewu9Xcf__ArL9XxBfqfJ5swHs2ZtwndRw-3u8FnsK_7N99QW3MsPs74/s1600/cesar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjGpDnuHjP3Z_KQWq34bm3m2n4mq3TRBKXSd4zFTy9lDRiJVxBrZuCw8GFJeimglPaQWXHzGiH67IY0rdz6TB9Ewu9Xcf__ArL9XxBfqfJ5swHs2ZtwndRw-3u8FnsK_7N99QW3MsPs74/s1600/cesar.jpg" /></a>É triste admitir que esta geração esteja perdendo certos valores que jogam ainda mais minha esperança em um lugar desconhecido. Digo desconhecido porque a esperança não é algo para se perder, porque senão deixa de ser esperança. Dependendo das situações, ela fica camuflada muito bem em nossa vida, ao ponto de acreditamos que as coisas nunca mudarão. Esperança vem de ESPERAR... </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
O agravante das relações vivenciadas por essa geração se dá pelo fato de ninguém ESPERAR mais nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo está pronto, mastigado para todos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vida está como a lei que vigora nos programas da TV, “nada se cria tudo se copia” enquanto deveria ser com na lei da natureza, em que “nada se perde nada se cria, mas tudo se transforma”.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esta geração se copia a imagem e semelhança das coisas fúteis e do modismo desenfreado. Modismo no sentido torpe da palavra mesmo. Nas duas últimas décadas foi maximizada a idéia que era moda, deixar de assistir jornal, ver BBB, ficar com 10, 15, até mais pessoas por noite, agora usar calças coloridas fazendo coraçãozinho, enquanto o essencial se perdia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Geração do egoísmo, da falta de conteúdo, da intolerância e da total falta de respeito para com o próximo. O que se vê nessa geração são pessoas acomodadas, não lutam, não procuram conhecimento, não fazem nada além de olhar para o próprio umbigo. Ninguém mais se importa com o meio ambiente, ninguém mais dá valor à vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os valores ficaram de lado. O futuro nas mãos de quem não conhecemos. </div>
<div style="text-align: justify;">
E mesmo assim, sabendo que este turbilhão de propostas acertou em cheio cada um, a pergunta ainda feita. De onde vem tanto desencantamento com a vida, a tristeza, medo, ignorância, insensatez, frieza, desamor, iniqüidade, etc e tal? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que não preciso falar né!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Modelos errados formaram essas personalidades fracas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a esperança? </div>
<div style="text-align: justify;">
A resposta vem da Encíclica de Bento XVI. Spe Salvi</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“A redenção nos é oferecida no sentido que nos foi dada a esperança, uma esperança fidedigna, graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente” Bento XVI<br />
<br />
Visite o blog de César Sampaio: <a href="http://cesarsampaiobio.blogspot.com/">http://cesarsampaiobio.blogspot.com/</a></div>
<br />Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-31887143335250028982011-01-28T09:40:00.000-08:002011-01-28T09:41:49.107-08:00Renda Básica de Cidadania. Uma luta pela dignidade e liberdade<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4UK6jBs9wNypfX-GSr3HekqJ-_KGPxE2RZLM4HHmIU7Mk4uQ5hOnFIqOztKhmF_3cRfg5AIMsew3Xx0e-Y-a59H1RUbSWbFTv4R3W9uAUI5078I8coQcuVyax16HBFdIJnTst_waDCts/s1600/images.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4UK6jBs9wNypfX-GSr3HekqJ-_KGPxE2RZLM4HHmIU7Mk4uQ5hOnFIqOztKhmF_3cRfg5AIMsew3Xx0e-Y-a59H1RUbSWbFTv4R3W9uAUI5078I8coQcuVyax16HBFdIJnTst_waDCts/s320/images.jpeg" width="320" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Programas de transferência de renda devem ser vistos como um direito, e são modelos que podem resultar num programa mais amplo como a Renda Básica de Cidadania, aponta o senador Eduardo Suplicy (PT/SP)</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="color: yellow;">Por: Graziela Wolfart e Patricia Fachin</span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“O Bolsa Família pode ser considerado um passo na direção da Renda Básica de Cidadania”, afirma o senador Eduardo Suplicy à IHU On-Line, por telefone. Autor da lei 10.835, que institui a Renda Básica de Cidadania, o senador acredita que a aplicação deve ser feita gradualmente, beneficiando, num primeiro momento, os mais necessitados até evoluir para todos os cidadãos. Segundo ele, a Renda Básica é um direito universal de todas as pessoas “participarem da riqueza da nação”. Na entrevista a seguir, ele destaca que a maior vantagem da Renda Básica “é justamente prover liberdade para todos, no sentido em que fala Amartya Sen, prêmio Nobel de Economia de 1998”, isto quer dizer que “desenvolvimento deve significar maior grau de liberdade para a sociedade”.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Suplicy menciona ainda o exemplo do Alasca, único país do mundo a instituir a Renda Básica de Cidadania, como um modelo a ser seguido pelo Brasil. Ele conta que a iniciativa rendeu ao estado, depois de 27 anos, o título de estado mais igualitário dos 50 estados norte-americanos. “Hoje é considerado suicídio político para qualquer liderança política propor o fim do dividendo”, enfatiza.</div>
<a name='more'></a><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Eduardo Suplicy é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, onde, atualmente, é professor, e em Economia pela Michigan State University. É senador desde 1990. Autor de diversos livros, citamos sua obra mais recente Renda de Cidadania: A Saída é pela Porta (Cortez Editora/Fundação Perseu Abramo, 2002).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Confira a entrevista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">IHU On-Line - O que é a Renda Básica de Cidadania? Quem a compõe, quais são os seus objetivos?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Eduardo Suplicy – A Renda Básica de Cidadania é um direito de todas as pessoas. Não importa sua origem, raça, sexo, condição civil ou mesmo socioeconômica. Todos devem receber uma renda que, na medida do possível, seja suficiente para atender as necessidades vitais de cada pessoa. Trata-se de um direito de participarmos da riqueza da nação. Não será negado a ninguém esse direito. Será pago conforme a lei 10.853 de 2004 para todos os residentes no Brasil e inclusive para os estrageiros que aqui moram há cinco anos ou mais.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">IHU On-Line - Quais são as diferenças e as vantagens da Renda Básica em relação às outras formas de garantia de renda mínima como o Bolsa Família, por exemplo?</span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Eduardo Suplicy - O programa Bolsa Família constitui uma forma de garantia de renda mínima condicionada aos níveis de renda e a certas exigências, como o pré-natal em mulheres grávidas, a vacinação em crianças, bem como a frequência de crianças e jovens na escola, por exemplo. É importante definir que o Bolsa Família pode ser considerado um passo na direção da Renda Básica de Cidadania. Esta constitui uma garantia de renda mínima incondicional para todos. O valor médio pago às familias hoje pelo Bolsa Família é de R$ 95,00, e o programa atende 12 milhões e meio de famílias em todo o Brasil. Um pouco mais do que ¼ da população brasileira é beneficiada pelo Bolsa Família. O programa teve efeitos muito positivos do ponto de vista de ter contribuído para diminuir a pobreza absoluta e também para diminuir o grau de desigualdade de renda no país. O Bolsa Família não foi o único programa que contribuiu para diminuir a pobreza absoluta. Mas foi um dos programas importantes. Os outros programas de transferência de renda incluem a aposentadoria rural, assim como a lei orgânica da assistência social. É importante dizer que o Bolsa Família nasceu de programas de transferência anteriores de garantia de renda mínima, associados à educação e à saúde, que foram iniciados, localmente, nos anos 1990. Esses programas de transferência de renda devem ser vistos como um direito e, em especial, a Renda Básica de Cidadania não se constitui simplesmente numa caridade ou assistência.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="color: red;">IHU On-Line – Então a Renda Básica de Cidadania não pode ser considerada uma iniciativa assistencialista?</span></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Eduardo Suplicy – A Renda Básica é um direito de todas as pessoas participarem da riqueza da nação como um direito inalienável da pessoa humana. É um direito incondicional. Já é lei, aprovada por todos os partidos do Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula em janeiro de 2004. A Renda Básica de Cidadania será instituída por etapas, a critério do poder executivo, começando pelos mais necessitados. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">IHU On-Line - Como está a aplicabilidade da Renda Básica no Brasil, hoje?</span></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eduardo Suplicy – Depende de você. Se você fizer um bom trabalho, persuadir o prefeito e os vereadores de São Leopoldo, o governador, os deputados do Rio Grande do Sul, o presidente Lula e quem for o eleito ou a eleita presidente a partir de janeiro para aplicar a lei. Vamos supor que, em janeiro de 2011, a lei seja aplicada em São Leopoldo, e que o prefeito considere que, para ser melhor que o Bolsa Família, sejam beneficiados inclusive os que já recebem verba do programa. Então, temos que pensar em um valor pelo menos superior ao pago, em média, pelo Bolsa Família. Então se começa com um valor modesto, mas que a cada ano vai crescer junto com o progresso do país. Podemos começar com R$ 40,00 por pessoa. Considerando uma família de seis, serão R$ 240,00. Então, todas as pessoas residentes em São Leopoldo passarão a receber R$ 40,00 por mês e será igual para todos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">IHU On-Line - Que modelo de sociedade surge a partir da Renda Básica de Cidadania?</span></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Eduardo Suplicy – Todos estamos persuadidos que a Renda Básica de Cidadania contribuirá para garantir e prover maior dignidade e liberdade real para todas as pessoas. Quais são as vantagens que podem justificá-la? Primeiro, ela é incondicional e significará o direito de todos participarem da riqueza da nação; segundo, ela elimina a burocracia envolvida em se ter de saber quanto cada um ganha no mercado formal ou informal para efeito de receber esse direito; terceiro, elimina qualquer estigma ou sentimento de vergonha de a pessoa precisar dizer, para receber uma transferência de renda, que recebe um valor x e, por isso, merece um complemento de renda; quarto, elimina o chamado fenômeno da dependência, que acontece por meio de um sistema que avalia se a pessoa recebe tal patamar de renda para ter direito a determinado complemento. O cidadão, então, decidirá se inicia ou não uma atividade econômica que lhe surge pela frente.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Se todos recebermos a Renda Básica, então, qualquer nova atividade que surja pela frente significará progresso, e o estímulo ao progresso continua. Mas a maior vantagem da Renda Básica é justamente prover maior liberdade para todos, no sentido em que fala Amartya Sen, prêmio Nobel de Economia de 98. Ele diz que desenvolvimento deve significar maior grau de liberdade para todos na sociedade. Vamos supor a realidade de pessoas que vivenciam as situações mostradas no filme Cidade de Deus: aquele jovem que, por falta de alternativas para ajudar no sustento de sua família, resolve ser um aviãozinho da quadrilha de narcotraficantes. Se existisse a Renda Básica de Cidadania, ele poderia se negar a se submeter a situações que coloquem sua vida em risco. A Renda Básica também seria uma alternativa àquele trabalhador que se submete a um trabalho quase escravo. As pessoas vão poder, eventualmente, fazer um curso e aguardar um tempo até que consigam uma atividade que seja de acordo com a sua propensão. É neste sentido que a Renda Básica de Cidadania significará maior grau de liberdade e dignidade para os cidadãos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">IHU On-Line - A Renda Básica paga aos cidadãos do Alasca é financiada pelos retornos obtidos da aplicação dos royalties do petróleo. No Brasil, a partir dos recursos do pré-sal, é possível pensar em uma proposta parecida?</span> </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Eduardo Suplicy – Sim. A partir da proposta do presidente Lula, de utilizar os recursos do pré-sal com a finalidade de erradicar a pobreza, promover boa educação para todos os brasileiros, desenvolver a ciência e a tecnologia, melhorar a saúde, cuidar do meio ambiente e das consequências de mudanças climáticas e, em especial, erradicar a pobreza absoluta, pode o governo, perfeitamente, considerar que os fundos dos royalties decorrentes da exploração da camada pré-sal sejam destinados a financiar a Renda Básica de Cidadania.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
No início dos anos 1960, o prefeito de uma pequena vila de pescadores observou que de lá saía uma grande riqueza na forma da pesca, mas boa parte da população continuava pobre. Disse ele a seus concidadãos que precisavam pensar na criação de um fundo que pertenceria a todos. Com essa finalidade, criaram um imposto de 3% sobre o valor da pesca para instituir o fundo. O projeto teve enorme resistência e demorou cinco anos para ser implementado. Dez anos depois, esse prefeito se tornou o governador do Alasca. No final dos anos 1960, o país descobriu enorme reserva petrolífera e, então, quando eleito governador, em 1976, ele disse aos seus 300 mil habitantes que precisavam pensar não apenas na geração presente, mas na vindoura. A partir disso, passaram a separar 50% dos royalties decorrentes da exploração dos recursos naturais, como o petróleo, para instituir um fundo para todos. A proposta foi aceita por 76 mil pessoas a favor, e 38 mil contra. A partir daí, aqueles recursos passaram a ser investidos em títulos de renda fixa, contribuindo para diversificar a economia dos EUA e de economias internacionais, inclusive a do Brasil. Cada pessoa residente no Alasca há um ano ou mais recebe o benefício desde os anos 1980. O valor foi aumentado gradativamente e, em 2008, cada pessoa recebeu dois mil e sessenta e nove dólares. Sabe qual foi a consequência, depois de 27 anos de experiência, do fundo permanente do Alasca? Tornou-se o mais igualitário dos 50 estados norte-americanos. Hoje é considerado suicídio político para qualquer liderança política propor o fim do dividendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">IHU On-Line - Em que consiste, em sua opinião, uma renda suficiente para atender as necessidades vitais dos cidadãos? Pensando em valores, como é possível quantificar essa Renda Básica?</span></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eduardo Suplicy – Podemos começar por uma renda modesta de R$ 40,00 ou R$ 50,00 por mês até atingir algo que seja considerado sustentável e que caiba nas finanças do Brasil. Quando todos estivermos persuadidos de que se trata de uma boa ideia, poderemos passar de R$ 50,00 para R$ 100,00, depois R$ 500,00, mil reais por mês e, assim, sucessivamente. A lei 10.835, quando aprovada, colocou, no seu parágrafo primeiro, que a Renda Básica de Cidadania será instituída por etapas, a critério do governo, e começando pelos mais necessitados até que um dia seja igual para todos.</div>
<br />Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-90737341428161122812011-01-26T10:30:00.000-08:002011-01-26T10:39:02.627-08:00Ética e Moral: qual a diferença?Por Júlio César<br />
<h3 style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #d52a33; font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; font-weight: normal;"><br /></span></span></h3>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisKafqnCAoQI2uTQp6piRiQYXog96UjWVvhnj8gTjubUvooJyiWXmyGzEUfH-9yeOtEFk9683DknC9YPUy0iIJo4WXwrfbrBlkf1BfTmmWaAo6W4JMrMG3TYsg9h3XGjT60sH22SMkkVE/s1600/julio+blog.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisKafqnCAoQI2uTQp6piRiQYXog96UjWVvhnj8gTjubUvooJyiWXmyGzEUfH-9yeOtEFk9683DknC9YPUy0iIJo4WXwrfbrBlkf1BfTmmWaAo6W4JMrMG3TYsg9h3XGjT60sH22SMkkVE/s1600/julio+blog.jpg" /></a><span style="color: white; font-family: Arial;">Infelizmente, a
etimologia não ajuda a diferenciar "ética" de "moral".
Simplesmente a palavra grega<span class="apple-converted-space"> </span><em><span style="font-family: Arial;">ethos</span></em><span class="apple-converted-space"> </span>significa
morada ou costume. A palavra latina equivalente é<em><span style="font-family: Arial;">mos, moris</span></em>, que também significa morada, costume. Qualquer
diferenciação entre ética e moral veio, portanto, do uso dessas palavras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Arial;">No âmbito filosófico,
existe o costume (ethos) de definir bem os conceitos para melhor compreensão.
Comicamente, esse costume também se aplica a esses termos relativos ao costume: <strong><span style="font-family: Arial;">moral</span></strong><span class="apple-converted-space"> </span>significa um conjunto de normas e
valores aceitos por um indivíduo ou grupo como corretos (ou seja, os
deveres que nos impomos por considerá-los o certo a ser feito<strong><span style="font-family: Arial;">). Ética </span></strong>seria o
estudo filosófico da moral, a busca pela fundamentação da moral, definir os
critérios para decidir entre o certo e o errado. Difícil entender? Talvez
alguns exemplos nos ajudem...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Arial;">Uma pessoa que tenha
pedido um livro emprestado a seu colega, depois de um tempo, vendo que seu
colega não cobrou a devolução, decide ficar com o livro para si, ou vendê-lo ou
dar a outra pessoa. Qualquer dessas ações seria considerada moralmente má para
uma pessoa religiosa (pois fere o mandamento de não roubar), para uma pessoa
que afirme o direito de propriedade privada, para alguém que entenda que violar
uma lei (roubo é um crime previsto em lei) é sempre ruim ou para uma pessoa que
pense que prejudicar alguém não está correto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Arial;">Percebemos pessoas
diferentes condenando o roubo por motivos diferentes. Cada pessoa ou grupo tem
suas noções de certo e errado. Umas fundamentam-se na religião, outras no
direito, outras nas leis e convenções, outras na regra de ouro. Temos, portanto
uma gama variada de "morais", cada qual se fundamenta em noções
diferentes de certo ou errado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Arial;">O filósofo que reflete
sobre esse tema poderia levantar uma série de objeções a cada um dos critérios
anteriores: se uma ação é boa porque Deus manda, então se Deus mandasse roubar
seria justo fazê-lo? Qual a fundamentação racional para considerarmos a
propriedade privada um direito inalienável? Será que todas as leis são justas?
Em caso contrário, agir contra a lei não seria justo? A ética procura
entender se existem razões válidas para definir algo como certo ou errado, se a
religiosidade é um bom critério para definir o bem, se observância da lei
garante uma ação moralmente boa e evita o mal, se podemos falar em direitos (e
valores) universais. Como podemos notar, a ética é uma reflexão sobre a
ação moral, sobre o que torna uma ação boa ou má. Por essa razão, muitos chamam
a Ética de Filosofia Moral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Arial;">Seria uma tentação
dizer nesse momento que enquanto falamos de várias "morais" só
podemos falar em Ética no singular. Isso seria uma meia verdade: vários
pensadores trataram da Ética em perspectivas diferentes (há portanto, muitas
perspetivas éticas). Mas não seria falso afirmar que cada um dos sistemas
éticos que já se teve notícia tentou abarcar a totalidade da ação moral. Tentou
ser uma teoria geral da moral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">Para o desespero de
todos aqueles que esperam do filósofo que fale de ética como alguém
que "revela" os novos mandamentos (deveres) que devem ser
observados nos tempos atuais, ele só pode levantar critérios
racionais para ação moral (ou mostrar que certas regras não têm bons
critérios). Nenhum filósofo se disporia a pensar no lugar dos outros e afirmar
categoricamente o que deve ou não ser feito. Essa é uma tarefa para seres
pensantes, que os filósofos esperam ainda existir por aí.</span><span class="Apple-style-span" style="color: #333333;"><o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><br /></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><br /></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">Email: </span></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; border-collapse: collapse; color: white; font-family: arial, sans-serif; line-height: normal;">jcesar2480@gmail.com</span></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-84305413713171032492011-01-26T05:35:00.000-08:002011-01-26T05:39:10.682-08:00Papa incentiva uso das redes sociais<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaRgSZjbY_AnOGKz4ht4eiZPhIwHRvTNpbxkV9fk5IGjAI2FyRcHiwuABU_frg0hcJD8vncGIz6m1QxOcopBNLAFtQ3Td_SEW4D5S7PUySfg2oIxycG8NSoAesea6BIGc0j_HpQfDUDCE/s1600/papa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="color: black;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaRgSZjbY_AnOGKz4ht4eiZPhIwHRvTNpbxkV9fk5IGjAI2FyRcHiwuABU_frg0hcJD8vncGIz6m1QxOcopBNLAFtQ3Td_SEW4D5S7PUySfg2oIxycG8NSoAesea6BIGc0j_HpQfDUDCE/s200/papa.jpg" width="141" /></span></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bento XVI convida os cristãos a unir-se às redes sociais, em sua Mensagem para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que neste ano será comemorado em 5 de junho. O documento traz como título "Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;"><br /></span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;"></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;">"Quero convidar os cristãos a unirem-se confiadamente e com criatividade consciente e responsável na rede de relações que a era digital tornou possível; e não simplesmente para satisfazer o desejo de estar presente, mas porque esta rede tornou-se parte integrante da vida humana", afirma o papa.</span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;">
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;"><div style="text-align: justify;">
"Os crentes, testemunhando as suas convicções mais profundas, prestam uma preciosa contribuição para que a web não se torne um instrumento que reduza as pessoas a categorias, que procure manipulá-las emotivamente ou que permita aos poderosos monopolizar a opinião alheia", indica. </div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;"><div style="text-align: justify;">
O Pontífice dirige um convite especial aos jovens, para "fazerem bom uso da sua presença no areópago digital".</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;"><div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 0px; -webkit-border-vertical-spacing: 0px; font-size: small; font-weight: normal; line-height: normal;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;">Autênticos e reflexivos</span></strong></span></div>
</span></strong><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bento XVI oferece diversas reflexões sobre a propagação da comunicação por meio da internet, seus potenciais, aplicações e riscos.</div>
</span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; line-height: 20px;"><div style="text-align: justify;">
Destaca que, "também na era digital, cada um vê-se confrontado com a necessidade de ser pessoa autêntica e reflexiva". </div>
</span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Papa explica que "o envolvimento cada vez maior no público areópago digital dos chamados social network, leva a estabelecer novas formas de relação interpessoal, influi sobre a percepção de si próprio". Inevitavelmente, isso "coloca a questão não só da justeza do próprio agir, mas também da autenticidade do próprio ser", continua. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Riscos</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Começando a analisar os riscos da internet, concretamente das redes sociais, sublinha que "a presença nestes espaços virtuais pode ser o sinal de uma busca autêntica de encontro pessoal com o outro, se se estiver atento para evitar os seus perigos, como refugiar-se numa espécie de mundo paralelo ou expor-se excessivamente ao mundo virtual".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para ajudar a refletir, o Papa convida os internautas a se fazerem várias perguntas: "Quem é o meu ‘próximo' neste novo mundo? Existe o perigo de estar menos presente a quantos encontramos na nossa vida diária?". Temos tempo para refletir criticamente sobre as nossas opções e alimentar relações humanas que sejam verdadeiramente profundas e duradouras?"</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span></div>
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<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estilo cristão de presença</span></strong></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No entanto, o papa insiste em que, "usadas sabiamente", as novas tecnologias "podem contribuir para satisfazer o desejo de sentido, verdade e unidade que permanece a aspiração mais profunda do ser humano". E se refere a "um estilo cristão de presença também no mundo digital: traduz-se numa forma de comunicação honesta e aberta, responsável e respeitadora do outro".</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo o Bispo de Roma, "comunicar o Evangelho através dos novos midia significa não só inserir conteúdos declaradamente religiosos nas plataformas dos diversos meios, mas também testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de comunicar, escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho".</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Neste sentido, Bento XVI convida a dar a conhecer a verdade do Evangelho "na sua integridade", já que "deve tornar-se alimento cotidiano e não atração de um momento".</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por último, ora pelos que trabalham na comunicação - de quem São Francisco de Sales é padroeiro - e pede para eles "a capacidade de sempre desempenharem o seu trabalho com grande consciência e escrupuloso profissionalismo".</span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20px;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20px;"><br /></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20px;">Fonte: <a href="http://www.catedraljf.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=587&catid=23&Itemid=30">http://www.catedraljf.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=587&catid=23&Itemid=30</a></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; color: #643f21; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 20px;"><br /></span></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-48470561265926576882011-01-24T11:18:00.000-08:002011-01-24T11:18:51.072-08:00Socialismo e política social<div style="text-align: justify;">
Por Gilvan Rocha</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN40p0VaAMV5Gj6aUPzev6jOVV8hyphenhyphenxkAtJYPABpslM68xXJXm34O-rcuQDI_EsndtWeuI6woCIV-AEyCgC5uZVeJzZJzCzEG3h146KqZKTMyKnVW9_e7Gq2vJUVGONiE8mxHFTL8jn9Nw/s1600/capitalismo+vs+socialismo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN40p0VaAMV5Gj6aUPzev6jOVV8hyphenhyphenxkAtJYPABpslM68xXJXm34O-rcuQDI_EsndtWeuI6woCIV-AEyCgC5uZVeJzZJzCzEG3h146KqZKTMyKnVW9_e7Gq2vJUVGONiE8mxHFTL8jn9Nw/s1600/capitalismo+vs+socialismo.jpg" /></a>O nível de confusão política, hoje, chegou a um patamar extremamente preocupante após esses noventa anos de hegemonia stalinista, tão pródigo em distorções, mitos, fantasias, ilusões e dogmas. Repare-se no costumeiro embaralhamento que se faz entre política social e socialismo. Recentemente conversando com um companheiro da velha-guarda, “marxista-leninista-trotskista” de quatro costados, em defesa do governo Lula, ele levantou o seguinte argumento: “Só sei que o povo está comendo três vezes por dia, está comprando e até andando de avião, coisas que não existiam nos governos anteriores e isso é um avanço”.</div>
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Observa-se nessa afirmação uma profunda confusão entre as chamadas políticas sociais que podem minimizar os efeitos da pobreza e o socialismo que objetiva construir a igualdade social. É de bom alvitre atentar para o fato de que o capitalismo sempre fez uso de políticas sociais em favor dos seus objetivos. O caso mais elucidativo é o dos chamados Estados de Bem Estar Social que criaram uma rede de proteção, de forma a diminuir a gravidade dos problemas produzidos pela desigualdade. </div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
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Ao mesmo tempo em que o capitalismo, em poucos países, particularmente na Europa Ocidental, levou avante uma política assistencialista, ele soube com notável competência capitalizar politicamente, trazendo a massa do povo para a órbita de sua influência político-ideológica. Dessa maneira, evitou possíveis simpatias das massas populares pelo socialismo que dizia estar se construindo no Leste Europeu. Tal manobra serviu ontem, e serve hoje, para consolidação dos interesses do sistema vigente.</div>
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Ao invés de se imaginar que políticas sociais, políticas assistencialistas, têm algo em comum com o socialismo, deve-se ter em conta que é justamente o contrário. As políticas assistencialistas têm se prestado a minimizar as tensões sociais, ao mesmo tempo em que produzem uma massa popular disposta a emprestar apoio político aos “seus benfeitores”. </div>
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O lugar onde as melhorias das condições de vida dos trabalhadores, foi melhor manejado pelo capitalismo, deu-se exatamente nos Estados Unidos da América. Ali, os capitalistas souberam tornar a massa de trabalhadores em compradores dos seus produtos, quando conferiu-lhes salários razoáveis. Ao mesmo tempo em que criava um forte mercado interno consumidor dos seus produtos e com isso usufruía vultosos lucros, eles promoviam um trabalho eficiente de cooptação política dos trabalhadores, afastando-os de qualquer influência de caráter socialista, ou melhor, anticapitalista. Promoviam com êxito o seu discurso de que o capitalismo é capaz de oferecer ao povo segurança e bem estar, além de liberdade política, elementos não oferecidos pelo então chamado “mundo socialista”.</div>
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Os países nórdicos foram transformados em vitrines do capitalismo internacional. Eram mostrados como exemplos de que o sistema capitalista era viável, pois ali se dava testemunho de uma bem sucedida política de amparo social. Não se dizia que se tratava de uma exceção, algo localizado, de uma experiência que não podia ser generalizada no âmbito do sistema capitalista. Em outras palavras, o mundo capitalista não podia ser transformado em uma federação de noruegas.</div>
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Voltando para o Brasil, um pouco de acuidade poderia levar a que os nossos “marxistas-leninistas-trotskistas” dessem conta de que a política trabalhista implementada pelo Sr. Getulio Vargas foi usada com extremo sucesso para enquadrar a massa de trabalhadores nos limites da ordem vigente. Por conta do êxito da política getulista, ele, Getulio Vargas, foi tido pela maioria das massas trabalhadoras do Brasil como “o pai dos pobres”. Isso, do ponto de vista do socialismo, representou grandes prejuízos. Embora o trabalhismo representasse melhorias nas relações de trabalho, não representava avanço nenhum, rumo ao verdadeiro objetivo histórico dos explorados que é a libertação dos grilhões do capitalismo.</div>
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Não esqueçamos que, no período da ditadura imposta no ano de 1964, foi instituído o FUNRURAL, uma política social de imediatas consequências para as massas trabalhadoras do campo, pois dele emanou a aposentadoria desses trabalhadores e isso era uma medida que fazia amenizar a miséria.</div>
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É digno de lembrança também que o slogan do governo Sarney era: “Tudo pelo social”. O “amável” oligarca maranhense, José Sarney, tinha o propósito de implementar políticas sociais com o objetivo de promover certo nível de estabilidade e poder aliciar politicamente as massas populares. Neste sentido, chegou a levar à prática a “política do leite” com seus tickets que proporcionavam a distribuição gratuita, desse produto, para crianças carentes.</div>
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O governo de Fernando Henrique Cardoso também trilhou o mesmo caminho, criando o “Bolsa Escola” e outros programas de caráter social. Chegando ao governo, Lula manteve intocada a política econômica e financeira de Itamar e FHC, cujo tripé é o controle rigoroso da inflação, o câmbio flutuante e a política de responsabilidade fiscal. Por outro lado, ele, em melhores condições, ampliou as políticas sociais, tendo como “carro chefe” o Bolsa Família.</div>
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O sucesso do programa Bolsa Família prestou-se a duas finalidades. A primeira delas, foi a de reduzir possíveis tensões sociais e, assim, garantir o máximo de tranquilidade ao sistema e, por conseguinte, aos seus senhores. A segunda finalidade foi a de promover um amplo trabalho de cooptação política, tornando os beneficiários desse programa em fieis eleitores do governo.</div>
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Em cima do sucesso das políticas sociais, montou-se um discurso de que o capitalismo é viável, desde que administrado com competência e vontade política. Ora, este discurso é falso. Ele enseja que os inadvertidos imaginem que, de forma gradual e crescente, chegaremos à igualdade social. Isso é um profundo engano, pois, enquanto a massa dos desvalidos, a custos módicos, é contemplada com migalhas, a grande burguesia “nunca antes na história desse país”, usufruiu tantos ganhos.</div>
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Na avaliação do governo Lula, não podemos deixar de assinalar que, no propósito de assegurar tranquilidade ao capital, ele levou adiante uma política de envolvimento das centrais sindicais e estudantis, assim como dos movimentos populares, ministrando propinas e, dessa forma, engessando a participação política das massas.</div>
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Por sua vez, nunca é demais dizer que a confusão feita entre políticas sociais e socialismo é uma postura que, por seus equívocos, favorece tão somente a manutenção da ordem capitalista, uma vez que o objetivo histórico das massas trabalhadoras e dos excluídos, não é apenas o de ter direito a comer três vezes ao dia, senão abolir, por completo, a desigualdade. Isso, no entanto, estamos impossibilitados de realizar, seja no Brasil, seja alhures, por via de políticas de caráter assistencialista, bem ao gosto das doutrinas cristãs possuídas do propósito de administrar a pobreza e a miséria e nunca erradicá-las.</div>
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Gilvan Rocha é Presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos - CAEP.</div>
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Fonte: <a href="http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/artigos-e-debates/1356-socialismo-e-politica-social">Carta Capital</a></div>
<br />Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-74707923491316065762011-01-22T19:27:00.000-08:002011-01-22T19:27:47.344-08:00O significado da privatização<br />
<h1 class="tit-arial padding-bottom" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 24px; font-weight: bold; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 10px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">
</h1>
<span class="post-author arial-normal " style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; display: block; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;"><i><br /></i></span></span><br />
<div class="content-post arial-normal border-bottom padding-top" id="content" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 10px; vertical-align: baseline;">
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpyLAyKh0Zhy0IGeFkI1jHTTV42wRqzCSx2gS60F4fOuLnW_bF4KBk6NbNV3LGE05p3phd_wLjgX_Qa_NanN5mBAwxoF_XGjU8N8VPv6rmiPwYRiM6I8S3D_2MLbWewOQC__DFYLCXLz0/s1600/privatiza%25C3%25A7%25C3%25A3o+da+amaz%25C3%25B3nia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpyLAyKh0Zhy0IGeFkI1jHTTV42wRqzCSx2gS60F4fOuLnW_bF4KBk6NbNV3LGE05p3phd_wLjgX_Qa_NanN5mBAwxoF_XGjU8N8VPv6rmiPwYRiM6I8S3D_2MLbWewOQC__DFYLCXLz0/s1600/privatiza%25C3%25A7%25C3%25A3o+da+amaz%25C3%25B3nia.jpg" /></a></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;">
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">Por Paulo Daniel*</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px;">Discutir privatização pode parecer uma questão complexa, que está no cerne da doutrina neoliberal, diz respeito ao papel do Estado na economia. E que de certa maneira, ressurge com uma forte pauta nas eleições presidenciais deste ano.</span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px;">
</span><br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
É praticamente consensual que o Estado deve ser forte e ágil e não um <em style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">big government</em> paralisante, mas sua capacidade de intervenção e regulação eficientes não deveria desaparecer e sim, ao contrário, fortalecer-se para poder encaminhar reformas institucionais necessárias, tanto do mercado quanto do próprio Estado.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A partir dos anos 70, o Estado surge de vilão. Todos os males parecem poder ser resolvidos pela abertura da economia, pela diminuição do Estado e/ou pela contração de seus gastos. No coração do sistema, os Estados Unidos atacam de reaganomics e supply side economics; a Inglaterra vem com Mrs. Thatcher e suas privatizações; para o terceiro mundo reserva-se o Consenso de Washington.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
No Brasil, na década de 70, o “milagre econômico” e o II PND pavimentaram o crescimento brasileiro, com forte participação do Estado via empresas estatais. Entretanto, a partir do final da década com a elevação das taxas de juros norte-americanas, a capacidade de investimento do setor público e privado, tornaram-se decrescentes.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A década de 80 brasileira tem uma preocupação principal; resolver a vulnerabilidade internacional que é a dívida externa, portanto, é a partir daí, tardiamente, que o Brasil inicia-se seu processo de liberalização e abertura econômica.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Nesse período, devido a escassez de crédito nacional, internacional e o alto volume da dívida externa brasileira as empresas nacionais e estatais vão perdendo a capacidade de investimento e inovação tecnológica, por conta disso, surge o centro do discurso neoliberal; o Estado e suas empresas são ineficientes. É fato, por uma razão simples, o Estado brasileiro naquele momento preferiu pagar a dívida externa, de acordo com a cartilha do FMI (Fundo Monetário Internacional) à continuar os investimentos em políticas de infraestrutura e social.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Na década de 90, com a eleição de Fernando Collor, inicia-se concretamente o processo de privatização brasileiro, mas é justamente com Fernando Henrique Cardoso que esse programa é intensificado, tanto é que “rendeu” aos cofres públicos entre 1995 a 2002 US$ 93 bilhões, nesse processo foram bancos como o Banerj e o Banespa, a Vale do Rio do Doce, a Usiminas, a CSN, o sistema de telecomunicações e elétrico.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A partir de 1994, o plano Real estrutura-se em um dos principais pilares; o ajuste fiscal, ou seja, privatização, enxugamento da máquina administrativa e redução dos gastos públicos, principalmente, em investimentos de infraestrutura, sucateando ainda mais o Estado brasileiro.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O Estado não sai de cena, apenas modifica sua agenda, consolida-se não mais como produtor de bens e serviços, mas sim, um Estado financeirizado, em que a lógica é dinheiro e mais dinheiro, sem passar pelas agruras do processo de produção.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Portanto, a lógica neoliberal, iniciada com Collor e consolidada com FHC, é o Estado não mais produzir para gerar emprego e renda e sim economizar (superávit primário e nominal) para pagamento de juros da dívida pública, ou seja, venderam o patrimônio do povo brasileiro, financiado pelo BNDES, que ainda é patrimônio de todos nós, pois sua maior fonte de receita advém do PIS e PASEP.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O processo de privatização brasileiro, como em qualquer país da América Latina, representou e representa concentração de renda e riqueza, desnacionalização de nossas empresas, redução e má qualidade dos serviços prestados; uma comprovação disso, basta observar o sistema de telecomunicações brasileiro, o gasto em telefonia praticamente triplicou entre 98 e 2010, as tarifas de energia elétrica sobem sempre acima da inflação e as rodovias, principalmente as paulistas, a cada dia com mais pedágios e cada vez mais caros.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Entender a lógica e o significado da privatização é entender o debate presidencial travado nesse 2º.turno. Que papel as empresas estatais brasileiras terão no desenvolvimento brasileiro? O Estado manterá a lógica de superavits primários elevados? Esse é justamente alguns dos pontos que as candidaturas à Presidência da República se diferenciam.</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 22px; margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Nesse momento de crise internacional, o candidato que ainda insistir em privatizar ou até mesmo defender a privatização brasileira, estará remando contra a maré do próprio sistema capitalista atual, talvez ainda não tenha entendido, ou não quer entender, o conselho de um prêmio Nobel de economia Paul Krugman em que diz; “a difundida crença de que as reformas voltadas para a abertura das economias e a liberação dos mercados produzirá uma dramática aceleração no crescimento dos países em desenvolvimento representa um salto no escuro e um ato de fé.”<br />
<br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.cartacapital.com.br/economia/o-significado-da-privatizacao">http://www.cartacapital.com.br/economia/o-significado-da-privatizacao</a></div>
</div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-64518302055771073002011-01-14T12:22:00.000-08:002011-01-14T12:25:54.900-08:00É possível ter ética na política?<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUS3SBLW_cmPI4ylHDeuQFllvwV7OEeiCuTKcSCR8ZOuwVszM9K6dUTiud2E2Y5UBnFnx3CenNVmb0rkzlIOpqJlU36darY4hnRg4kLO9cUM78vou4m2jt4b6ZxipFgZb-5Hj6Sa7zKIo/s1600/etica12.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="127" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUS3SBLW_cmPI4ylHDeuQFllvwV7OEeiCuTKcSCR8ZOuwVszM9K6dUTiud2E2Y5UBnFnx3CenNVmb0rkzlIOpqJlU36darY4hnRg4kLO9cUM78vou4m2jt4b6ZxipFgZb-5Hj6Sa7zKIo/s200/etica12.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Política com P maiúsculo é mais do que política partidária. Todos nós, consciente ou inconscientemente, voluntária ou involuntariamente, fazemos política. Política é como respiração. Não dá para viver sem respirar, como não dá para conviver sem fazer política. Optamos o tempo todo, escolhendo ou rejeitando as coisas. Estamos no meio de uma crise global e plural: política, econômica, ecológica, ética, civilizacional, das instituições etc. O redemoinho que nos envolve é grande. Urge recriarmos um modelo de convivência social e ecológica com relações éticas e estruturas de fraternidade.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: yellow;">A importância das instituições</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Decisivo para a ética na política não é simplesmente a ética privada dos governantes, mas o tipo de instituição política, da qual dependem os cidadãos para ter acesso aos direitos que devem ser universais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
A convivência social exige a existência de instituições políticas, criadas para organizar e gerenciar as relações humanas nas sociedades mais complexas. As instituições políticas, assim como toda instituição, têm um começo muitas vezes libertador. Todavia, com o passar do tempo, vão se enrijecendo e afastando-se de seus princípios e inspirações originais. É o que acontece com as instituições políticas também, salvo exceções.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
Há questões de fundo que solapam as instituições políticas. Em nível institucional, por exemplo, o financiamento privado das campanhas eleitorais; em nível de relações humanas (ética), a perda de valores morais, a incapacidade de confiarmos na nossa capacidade de resolver socialmente nossos problemas, o que nos faz transferir para salvadores da pátria essa tarefa. Isso se sente na burocracia, na acomodação e no corporativismo do funcionalismo público, na desvalorização da experiência histórica, no consumo exacerbado, no individualismo, na absolutização da tecnologia (“o sistema não permite”, “tenho que seguir ordens/leis”), no descaso com os empobrecidos e na banalização do sofrimento. O caos nos serviços públicos - SUS, escolas públicas e órgãos públicos - é tão grande que passa a ser considerado natural esperar indefinidamente numa fila que não anda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: yellow;">Mudar com ética?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
Aqui, optamos por entender ética como um jeito de conviver que encarna a regra de ouro: “Não faça aos outros aquilo que não quer que lhe seja feito”. Ou seja, mais do que um pensar ético, um agir ético é imprescindível para realizarmos o desafio de transfigurar as instituições e pessoas políticas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
Quatro pontos são imprescindíveis para um agir ético de forma a contribuir para o processo de transfiguração das instituições políticas. Pensar e agir:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
a) a partir do empobrecido. Karl Marx dizia que “o lugar social determina o lugar epistemológico”, ou seja, nossos olhos, em última instância, não estão no nosso rosto, mas nos nossos pés. Pensar e agir a partir do empobrecido, do enfraquecido, do pequeno é encarnar a regra de ouro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
b) de forma coletiva e participativa. Ninguém é salvador da pátria, nem dono da verdade. Deve ser uma busca conjunta. Envolver a todos na participação é vital. Discernir em mutirão a partir dos últimos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
c) a partir de toda a biodiversidade. Superar assim o antropocentrismo, que considera o ser humano como o centro/rei da criação. Não é. Hoje, sabemos que todos os seres vivos - terra, água e toda a biodiversidade - integram a mesma comunidade de vida. Nós, os humanos, dependemos de todos os outros seres.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
d) a partir de um modelo econômico justo e sustentável ecologicamente. Isso implica elevar a Economia Popular Solidária ao status de política econômica de Estado e coluna mestra da sociedade. Ser vassalo da idolatria do mercado e do capital é algo imoral e só aprofunda a crise das instituições políticas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, intuo que devemos dedicar 10% das nossas energias para tentarmos eleger os melhores políticos, aqueles que por vocação aceitam o pedido do povo para exercer mandatos. E devemos dedicar 90% das nossas energias na construção de movimentos populares autênticos que orientem a indignação dos pobres frente a tantas injustiças.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: yellow;">Questões para Debate</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
1 - Na escola, como poderia acontecer um processo de sustentabilidade?</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
2 - Que características seriam necessárias para uma empresa ser ética e ao mesmo tempo responsável pelo meio ambiente?</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
3 - Como consumidores, qual deve ser a relação com os produtos que consumimos? </div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br />
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Gilvander Luís Moreira, </span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">frei e padre carmelita, mestre em Exegese Bíblica, assessor da CPT, CEBI, CEBs, SAB e Via Campesina.</span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Endereço eletrônico: <a href="mailto:gilvander@igrejadocarmo.com.br">gilvander@igrejadocarmo.com.br</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Site: <a href="http://www.gilvander.org.br/">http://www.gilvander.org.br/</a> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Artigo publicado na edição nº 405, jornal Mundo Jovem, abril de 2010, página</span> 8 </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-49112282035961701362011-01-13T08:19:00.001-08:002011-01-14T12:31:34.133-08:00Por que participar da política?<div style="text-align: justify;">
Por Plínio de Arruda Sampaio </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH1JeOVVlqQB6atDNcm7YWu59GUHrhPP1xyKYwgltLcf5g8-XkmJaMbML_16YiBJsMDot6soobpCjnlW7W5qSkdkI5TGv55wozA7pcIslmQjN-dNGXaFnW52yQQm3cx9y8J-Msc9bkNIw/s1600/109381.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH1JeOVVlqQB6atDNcm7YWu59GUHrhPP1xyKYwgltLcf5g8-XkmJaMbML_16YiBJsMDot6soobpCjnlW7W5qSkdkI5TGv55wozA7pcIslmQjN-dNGXaFnW52yQQm3cx9y8J-Msc9bkNIw/s200/109381.jpg" width="200" /></a> Nove entre dez jovens consideram a política uma atividade para espertalhões que ganham uma fortuna para enganar o povo. Eles não deixam de ter alguma razão. De fato, pode-se contar nos dedos os políticos que se devotam realmente ao serviço do povo. A reação normal de quem tem essa visão negativa da política é ficar fora dela. No máximo comparecer para votar, uma vez que o voto é obrigatório. Apertou o botão da urna eletrônica, tchau! Sair voando sem saber até o nome do candidato em quem votou. Esta atitude é a que mais interessa aos malandros da política, pois o desinteresse leva à ignorância política e esta é um prato feito para quem deseja praticar falcatruas com o mandato popular. </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nestas alturas, sei que o jovem leitor está me questionando: “OK. Você diz que eu devo me interessar pela política. Mas o que eu perco não tendo o menor interesse por ela?”. Boa pergunta, que merece uma resposta por partes: quem são os políticos; o que fazem; como os safados prejudicam os cidadãos; como se pode evitar isso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: yellow;">Quem são os políticos? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A palavra político, na linguagem comum das pessoas, designa os homens e as mulheres que ocupam cargos no Estado: vereadores, deputados, senadores, secretários de estado, ministros, governadores e Presidente da República. Essas pessoas - são milhares delas em todo o Brasil - têm o poder de influenciar na atuação dos órgãos do estado brasileiro. Participam da elaboração das leis; da distribuição do dinheiro arrecadado com os impostos; da gestão das empresas do Estado; da fiscalização do funcionamento das repartições públicas que prestam serviço à população (SUS, hospitais públicos, delegacias de polícia etc.). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Suspenda agora a leitura do texto e veja se consegue identificar uma única atividade da sua vida inteiramente fora do âmbito da política. Não me venha com o argumento de que o Estado não interfere na sua fé religiosa, nas suas leituras, no seu pensamento. Interfere e muito. O Estado tem uma delegacia para fiscalizar os cultos religiosos, e outra para manter a ordem política e social - esses órgãos acompanham a atividade de padres, freiras, pastores, pais e mães de santo, militantes de pastorais etc. E abrem processos contra aqueles cuja pregação afeta a ordem estabelecida. Além disso, o Estado censura livros; peças de teatro; filmes. E fixa, através de suas políticas econômicas, o preço desses produtos. Quantas vezes você quis ler um livro, assistir a uma peça teatral e não pôde por causa do preço? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente, não é exato que você tenha uma liberdade absoluta de pensar. Você pensa com a informação que chega ao seu cérebro. Ora, é o Estado que controla - às vezes abertamente, às vezes indiretamente - toda a informação que chega até você.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: yellow;">Estar junto para entender </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não tenha, pois, nenhuma dúvida: você perde muito, direta ou indiretamente, quando o Estado está nas mãos de pessoas incompetentes ou desonestas, pois, de algum modo, você está sendo prejudicado. Daí a necessidade de interessar-se pela política, de aprender o suficiente para entender como ela funciona e de tomar parte efetiva na escolha dos governantes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é fácil atender a essa necessidade. A política é uma atividade bem complicada e quem participa dela sem o conhecimento adequado corre sério risco de ser enganado. Por isso o primeiro passo para participar consiste em entender seu funcionamento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém consegue entender de política sozinho. Não adianta ler jornais e acompanhar os noticiários e comentários da rádio ou televisão. São todos enviezados. O jeito é formar um grupo para ampliar as fontes de informação e para dispor de opiniões diversas a respeito do significado das informações recebidas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O grupo não irá muito além das pernas se não se dedicar à leitura de livros teóricos que explicam o funcionamento da sociedade e, portanto, dos partidos políticos. É através da leitura desses livros que você aprenderá a distinguir os políticos fisiológicos (que buscam apenas satisfazer seus apetites por dinheiro, prestígio ou poder) e os políticos ideológicos (os que fazem política por convicção). Conhecendo as ideologias, você pode optar pela que mais se aproxima dos valores que considera importantes. Isso lhe fornecerá um critério para participar inteligentemente do processo político.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/eP7C9OL8SaA?fs=1&hl=pt_BR">
</param>
<param name="allowFullScreen" value="true">
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<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 13px;"><b>Plínio Arruda Sampaio</b>,<br />político, dirigente do Programa da Terra (Proter), São Paulo, SP.<br />Endereço eletrônico: <a class="interno" href="mailto:pliniosampaio@cidadania.org.br" style="color: orangered; text-decoration: none;">pliniosampaio@cidadania.org.br</a><br />Artigo publicado na edição nº 406, jornal Mundo Jovem, <a class="interno" href="http://www.pucrs.br/mj//jornais-05-2010.php" style="color: orangered; text-decoration: none;">maio de 2010</a>, página 5.</span></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-1297780821580145932011-01-11T15:40:00.001-08:002011-01-13T07:54:39.036-08:00Humberto Gessinger dá show ao vivo no Twittican 11/1/2011Essa é para quem perdeu o show do Gessinger por algum motivo, inclusive pela internet lenta. Gessinger deu esse presente aos fãs em decorrência da comemoração pelos 26 anos dos Engenheiros do Hawaii. Confira tudo que rolou aqui:
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A dura realidade dos jovens brasileiros que são vítimas do tráfico internacional para exploração sexual na Europa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por Júnea Assir</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Madri (Espanha) – Para a ONU, o tráfico
de pessoas é uma forma moderna de escravidão, e, pelas estimativas da
própria organização, mais de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico
<br />
humano a cada ano. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL4lqipqiWcQUHieqx1zERweem_GcrjE5V2uLuQH6MKHcD9JEagtDHpY3I5a41aaTE4RZa7hy13c4ISfbeRacmOThnOp8ci05vjWeov2P0LXqW3MAxlMrwIeGRE4rf6loL5ZGvnMX_d40/s1600/prostitutas_na_espanha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL4lqipqiWcQUHieqx1zERweem_GcrjE5V2uLuQH6MKHcD9JEagtDHpY3I5a41aaTE4RZa7hy13c4ISfbeRacmOThnOp8ci05vjWeov2P0LXqW3MAxlMrwIeGRE4rf6loL5ZGvnMX_d40/s200/prostitutas_na_espanha.jpg" width="198" /></a>De acordo com a Organização Internacional do
Trabalho, dentro desta estatística quase 1 milhão de pessoas são
traficadas no mundo, anualmente, com a finalidade de exploração sexual,
sendo que 98% são mulheres, comércio que movimenta 32 bilhões de dólares
por ano. Atualmente, uma das atividades criminosas mais lucrativas, uma
verdadeira mina de ouro já que o investimento é quase zero, no caso dos
trabalhos de uma vítima de exploração sexual, o serviço será vendido
várias vezes por dia. O maior destino destes jovens é a Europa
Mediterrânea, encabeçado por Espanha, seguido por Portugal e Itália,
grandes receptores desta mercadoria brasileira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quase todas as vítimas têm um perfil
similar: jovens ilusionados em mudar de vida, com precária situação
econômica, pouca ou nehuma formação escolar, desempregados, vivenciando a
falta de oportunidades e com idade entre 18 e 30 anos. Muitos vivem em
zonas rurais muito pobres. A operação começa pelo aliciamento das
vítimas, falsas ofertas de trabalho no exterior, promessas de um futuro
promissor. Alguns são atraídos para trabalhar como modelos, dançarinos,
em hotelaria, ou mesmo no labor doméstico em casas de famílias. <br />
Muitos
sabem que vão trabalhar na prostituição, mas não imaginam em que
condições, idealizam uma liberdade e uma cumplicidade entre
companheiros, que não existe.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em muitos casos, a captação é realizada
por conhecidos, às vezes por gente da própria família, outras por
pessoas que exerceram a prostituição e agora recebem comissões da
organização. Como se trata de outro país, a quadrilha geralmente
organiza toda papelada necessária como passaporte e papéis essenciais
para entrar no território escolhido. Também se responsabilizam pela
compra do bilhete de viagem, momento em que automaticamente a vítima dá
início à sua dívida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Os aliciados recebem instruções de como se vestir e atuar perante as autoridades do setor de <br />
imigração.
Alguns grupos fazem escala em outros países do território Schengen,
como França, para evitar, por exemplo, voos direto à Espanha. Os
controles de imigração de Paris relaxam se o destino final não é o
próprio país. Algumas pessoas viajam na companhia de integrantes do
grupo que os ajudam nos controles alfandegários, em outras situações são
recebidos no destino final, automaticamente retirando-lhes toda
documentação e dinheiro que previamente receberam para ensinar ao
controle de imigração do país.</div>
<div style="text-align: justify;">
Neste momento, passam a entender que o
paraíso não existe, e, no caminho para o inferno, local onde vão
permanecer e prostituir-se, começa a demonstração de poder: ameaça
física e moral, fundamentados na vulnerabilidade dos novos prisioneiros.
Em cárcere privado são submetidos à vexação como usar roupas íntimas e
sensuais. Se há resistência por parte da pessoa, seguramente sofrerá
coação, ou até ameaças à própria família que está no Brasil, mas que
supostamente observada por algum integrante do bando. São severos os
meios de controles, como trancafiamentos em pequenos quartos ou
vigilância por circuitos de videocâmaras, até brutais agressões. Em
saunas, bares, apartamentos, ou vias públicas, as vítimas deste tráfico
são exploradas em diferentes pontos, na maior parte não sabem nem onde
estão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: yellow; text-align: justify;">
Rede de mulheres</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na Espanha, a prostituição está
perfeitamente integrada dentro de um ambiente urbano. Periodicamente,
são feitas mudança de endereço, para que ninguém se acostume com a zona,
ou possa estreitar relações com os clientes mais habituais. Cada passo é
bem planejado para não deixar vestígio e para tirar melhor proveito da
situação. Às vezes, fazem o traslado da jovem coincidindo com o período
menstrual para otimizar seu rendimento. Importante membro das redes são
as “Mamis” ou controladoras, que vigiam as vítimas, neste caso,
predominantemente mulheres. Ficam ao seu lado quase todo tempo e
encarregam-se de que não escapem e para tranquilizá-las e fazê-las
pensar que a circunstância não é a pior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Para ler a reportagem completa e outras matérias confira a <b>edição de dezembro</b> da revista <span style="color: red;">Caros Amigos</span>, já nas bancas, ou <a href="http://www.lector.com/Portal/Hotsites/HotsiteCarosAmigos.aspx"><b>clique aqui e compre a versão digital da Caros Amigos</b></a>.Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-59371832319351374542011-01-05T05:59:00.000-08:002011-01-05T05:59:44.022-08:00A cidade dos nossos sonhos.<!--[if gte mso 9]><xml>
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<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Por Alexandre Macedo</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Artigo publicado no Jornal "A Cidade" de Capelinha-MG, 05/01/2011</span></b></div>
<div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguBZJwjXA9hvwZbI4BHPz4t7lH3-wOHwX9p6uWdt1T18qLunFQ5K00Db_sOlmtb9_Ek_WYfhlIs62_SA8Z47Kgwm43qNwYrLGmH3KgQv8x3f_ebcbgJckA2AKsy1P9b6bGueSD_FpgelI/s1600/foto+ar.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguBZJwjXA9hvwZbI4BHPz4t7lH3-wOHwX9p6uWdt1T18qLunFQ5K00Db_sOlmtb9_Ek_WYfhlIs62_SA8Z47Kgwm43qNwYrLGmH3KgQv8x3f_ebcbgJckA2AKsy1P9b6bGueSD_FpgelI/s200/foto+ar.JPG" width="150" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Sonhamos com uma
cidade onde possamos nos sentir construtores dela, assim amaremos de verdade o
que foi produto dos nossos sonhos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Sonhamos com uma
cidade onde existam várias manifestações culturais espalhadas por ela: teatro,
dança, música, artesanato, culinária, costumes religiosos, folclore, leitura,
etc. E que isto seja freqüente! Nossas almas se regozijam com a arte; maneira
pela qual o ser humano revela suas potencialidades e se assemelham ao Criador.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Sonhamos com uma cidade
livre de todo e qualquer tipo de preconceitos raciais, religiosos, de gênero,
de classe social ou qualquer outro. Que o amor prevaleça acima de qualquer
diferença, assim como Cristo ensina.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Que os nossos pobres
tenham atenção especial por parte dos administradores, que alcancem a
dignidade, sendo capacitados a garantirem o próprio sustento ao invés de
contarem com simples “esmolas” que não modificarão suas vidas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Que nossos
representantes sejam transparentes, levando ao conhecimento do povo todas as
suas ações e projetos para que possamos entender realmente o que se passa. Ao
contrário, só poderemos deduzir, acreditando no primeiro boato que nos contam.
Que convoquem audiência pública, falem através das rádios, jornais ou qualquer
outro meio. Que tenham coragem de denunciar irregularidades e convidem o povo a
ajudá-los a tomarem decisões coletivas. Assim como deve ser a legítima
democracia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Que eles nunca
afirmem que “o povo não se interessa por política”, isso não passa de simples
demagogia. O povo não foi educado politicamente a participar, não tivemos essa
matéria em nossas escolas. Precisamos de projetos de conscientização e
participação política que capacite os cidadãos a se inserirem nos espaços
democráticos como: conselhos, associação de moradores e outros. Sem esquecer
que vivíamos sob uma cruel ditadura há poucos anos atrás, onde não tínhamos o
direito de expressar nossas opiniões. (infelizmente isso ainda acontece).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Que nossos
representantes saibam aceitar nossas críticas. Que tenham sabedoria para
entender que a sociedade só avança por meio das contradições. Quando não há
críticas, o comodismo sempre vigora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Sonhamos com uma
cidade em que nós cidadãos, tenhamos acesso à prestação de contas do nosso
município, afinal é o nosso dinheiro que é administrado, e a isso temos todo o
direito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Sonhamos com o dia em
que nossa cidade terá plenas condições de acolher os capelinhenses ausentes que
sonham em voltar para essa terra para junto de seus familiares e que aqui
encontrem todo o necessário.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Enfim, sonhamos com o
dia em que a verdadeira política será real. Aquela que visará com sabedoria e
atenção unicamente os interesses do povo e deixará de ser simples acordo feitos entre poucos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Que tenhamos
realmente um Ano Novo, livre de erros velhos. Que possamos caminhar juntos;
Poder Executivo, Legislativo e cidadãos ativos rumo à construção da nossa Bela
Capelinha. É o que esperamos.<span> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-32294351348602326072011-01-05T05:31:00.000-08:002011-01-05T05:49:45.442-08:00Crise neoliberal e sofrimento humano<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
Por Leonardo Boff<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDq5Tyoeg-Nmze-uPHWnfetXdpoH_ylbFGKD4xS_6skIdQ_CJN3ip0FSRwvuhjCM94Ofrx_pSFCrTEcppG7Hp2teCTry8R3znYDM-knzpGEaRndlXWV9Bh5gWLzwSpfDEYI0KcIXpuGmw/s1600/leonardo_boff.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDq5Tyoeg-Nmze-uPHWnfetXdpoH_ylbFGKD4xS_6skIdQ_CJN3ip0FSRwvuhjCM94Ofrx_pSFCrTEcppG7Hp2teCTry8R3znYDM-knzpGEaRndlXWV9Bh5gWLzwSpfDEYI0KcIXpuGmw/s200/leonardo_boff.jpg" width="194" /></a>O balanço que faço de 2010 vai ser diferente. Enfatizo um dado pouco referido nas análises: o imenso sofrimento humano, a desestruturação subjetiva especialmente dos assalariados, devido à reorganização econômico-financeira mundial.</div>
<br />
Há muito que se operou a “grande transformação”(Polaniy), colocando a economia como o eixo articulador de toda a vida social, subordinando a política e anulando a ética. Quando a economia entra em crise, como sucede atualmente, tudo é sacrificado para salvá-la. Penalisa-se toda a sociedade como na Grécia, na Irlanda, em Portugal, na Espanha e mesmo dos USA em nome do saneamento da economia.<br />
<br />
O que deveria ser meio, transforma-se num fim em si mesmo.
Colocado em situação de crise, o sistema neoliberal tende a radicalizar sua lógica e a explorar mais ainda a força de trabalho. Ao invés de mudar de rumo, faz mais do mesmo, colocando pesada cruz sobre as costas dos trabalhadores.<br />
<br />
Não se trata daquilo relativamente já estudado do “assédio moral”, vale dizer, das humilhações persistentes e prolongadas de trabalhadores e trabalhadoras para subordiná-los, amedrontá-los e, por fim, levá-los a deixar o trabalho. O sofrimento agora é mais generalizado e difuso afetando, ora mais ora menos, o conjunto dos países centrais. Trata-se de uma espécie de “mal-estar da globalização” em processo de erosão humanística.<br />
<br />
Ele se expressa por grave depressão coletiva, destruição do horizonte da esperança, perda da alegria de viver, vontade de sumir do mapa e até, em muitos, de tirar a própria vida. Por causa da crise, as empresas e seus gestores levam a competitividade até a um limite extremo, estipulam metas quase inalcançáveis, infundindo nos trabalhadores, angústias, medo e, não raro, síndrome de pânico.<br />
<br />
Cobra-se tudo deles: entrega incondicional e plena disponibilidade, dilacerando sua subjetividade e destruindo as relações familiares. Estima-se que no Brasil cerca de 15 milhões de pessoas sofram este tipo de depressão, ligada às sobrecargas do trabalho.<br />
<br />
A pesquisadora Margarida Barreto, médica especialista em saúde do trabalho, observou que no ano passado, numa pequisa ouvindo 400 pessoas, que cerca de um quarto delas teve idéias suicidas por causa da excessiva cobrança no trabalho. Continua ela: “é preciso ver a tentativa de tirar a própria vida como uma grande denúncia às condições de trabalho impostas pelo neoliberalismo nas últimas décadas”. Especialmente são afetados os bancários do setor financeiro, altamente especulativo e orientado para a maximalização dos lucros.<br />
<br />
Uma pesquisa de 2009 feita pelo professor Marcelo Augusto Finazzi Santos, da Universidade de Brasília, apurou que entre 1996 a 2005, a cada 20 dias, um bancário se suicidava, por causa das pressões por metas, excesso de tarefas e pavor do desemprego. Os gestores atuais mostram-se insensíveis ao sofrimento de seus funcionários, acrescentando-lhes ainda mais sofrimento.<br />
<br />
A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de três mil pessoas se suicidam diariamente, muitas delas por causa da abusiva pressão do trabalho. O Le Monde Diplomatique de novembro do corrente ano, denunciou que entre os motivos das greves de outubro na França, se achava também o protesto contra o acelerado ritmo de trabalho imposto pelas fábricas causando nervosismo, irritabilidade e ansiedade.<br />
<br />
Relançou-se a frase de 1968 que rezava:”metrô, trabalho, cama”, atualizando-a agora como “metrô, trabalho, túmulo”. Quer dizer, doenças letais ou o suicídio como efeito da superexploração capitalista.<br />
<br />
Nas análises que se fazem da atual crise, importa incorporar este dado perverso que é o oceano de sofrimento que está sendo imposto à população, sobretudo, aos pobres, no propósito de salvar o sistema econômico, controlado por poucas forças, extremamente fortes, mas desumanas e sem piedade. Uma razão a mais para superá-lo historicamente, além de condená-lo moralmente. Nessa direção caminha a consciência ética da humanidade, bem representada nas várias realizações do Forum Social Mundial entre outras.<br />
<br />
<br />
Leonardo Boff é autor de Proteger a Terra-Cuidar da vida:como evitar o fim do mundo, Record 2010. </div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-75857311798254309042010-12-29T08:05:00.000-08:002010-12-29T08:08:20.138-08:00Cidinha Campos: Exemplo de ética na política brasileira.<object width="300" height="225"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/q21rM03_R18?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/q21rM03_R18?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="300" height="225"></embed></object>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-85612515097419396572010-12-28T20:00:00.000-08:002011-01-17T20:37:47.970-08:00A política dos velhos coronéis<m:smallfrac m:val="off">
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</m:wrapindent>
</m:defjc></m:rmargin></m:lmargin></m:dispdef></m:smallfrac><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Por Alexandre Macedo</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(Texto publicado no Jornal 'A cidade" de Capelinha-MG)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCoapCa2r1fG8X1oBS_xeM5_02tIpwlqQYBsdBvnpVNQ6q9TqxQ6eXi13QRlh0YenkAx-8LLkm5KWZLgsGvvFEhs-b2Oht8ixICY4FRNFhpMruCnA339kJr6M6wv49hp5mZ6aif1evh2Y/s1600/coroneis-300x254.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCoapCa2r1fG8X1oBS_xeM5_02tIpwlqQYBsdBvnpVNQ6q9TqxQ6eXi13QRlh0YenkAx-8LLkm5KWZLgsGvvFEhs-b2Oht8ixICY4FRNFhpMruCnA339kJr6M6wv49hp5mZ6aif1evh2Y/s200/coroneis-300x254.gif" width="200" /></a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Falar em política, muitas
vezes, gera até desânimo por parte daqueles que sonham em fazê-la acontecer de
forma honesta e em benefício do povo. Já ouvi muitos dizerem: “Desisto! Isso é
coisa de gente suja!” “Não tem jeito, ninguém muda isso!”. É tarefa importante
a cada cidadão pensá-la de outra forma. Diz o ditado: “A audácia dos maus se
alimentam da covardia dos bons.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Particularmente, queria
poder não opinar sobre ela e viver a vida bem quieto no meu “quadrado”. Mas,
infelizmente, entendi que não é assim que a sociedade funciona. Todos os
avanços sociais dependem diretamente da política,<span style="color: red;"> </span>ao
contrário disso, só poderemos continuar reunindo algumas cestas básicas à
famílias carentes, reproduzindo assistencialismos que não mudam a vida de
ninguém. Chega!<span style="color: red;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Vivemos sob regime de uma
tal “democracia representativa” no qual elegemos pessoas de nossa confiança que
vão administrar o dinheiro recolhido dos nossos impostos (água, luz, alimentos,
telefone, IPVA, IPTU, ICMS,etc.). Mas, geralmente, as coisas não acontecem como
deveriam.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Vivemos no Vale do
Jequitinhonha, região que lá fora é reconhecida como o “Vale da miséria”. Não
gostamos de sermos vistos assim, mas é a pura verdade. É miserável sim!
Miserável devido aos vícios da velha politicagem que vigoram nas nossas cidades. Politiqueiros que
fazem da política um jogo de interesses particulares esquecendo-se das
necessidades do povo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">São amadores que fazem do
coronelismo e clientelismo suas formas de governo. Dizendo assim, não pretendo
culpar ninguém diretamente, mas se a carapuça servir, que vistam!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Já dizia o filósofo Rousseau
que “a política é arte da construção da vontade geral”, para isso, é preciso
nos desvencilharmos de interesses próprios e construímos projetos coletivos.
Essa é a verdadeira política. Aqueles que só enxergam o próprio umbigo que
sumam da vida pública, estes não nos servem!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Termino sugerindo a interessante
ideia de que os nossos vereadores de Capelinha esclarecessem sobre o “mensalão
municipal” supostamente ocorrido na nossa cidade. Há várias versões e uma só
verdade, e é desta verdade que o povo quer e precisa saber. E ninguém melhor do
que eles para nos informar sobre isso. Afinal, transparência é um dos
principais instrumentos para legitimar a democracia. E que aproveitassem a
oportunidade para nos informar sobre a “morte da oposição”, será que isso
realmente aconteceu? Tomara que não, ausência de oposição é sinônimo da decadência
da nossa tão “perrengue” democracia. Um Feliz 2011 cheio de paz e saúde a todos
os leitores. É o que desejo.</span></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-20478243883368529672010-12-19T00:45:00.000-08:002010-12-19T00:45:21.163-08:00Um convite à políticaArtigo publicado no Jornal "A Cidade" de Capelinha-MG<br />
Por Alexandre Macedo<br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVcJsHZ7plwBs51T6nr2cUu5vl3QwmZ0DhIwc4cSZ6hdKojKMBiaFZXHlyOOlWTfptnejwV8EnccXqAUBl3jeA91h68YOb_smDeUE4Ac74GPW9z5aYkccbSadHjufnkp4un7QnDK86fAE/s1600/PARTIC%257E1.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVcJsHZ7plwBs51T6nr2cUu5vl3QwmZ0DhIwc4cSZ6hdKojKMBiaFZXHlyOOlWTfptnejwV8EnccXqAUBl3jeA91h68YOb_smDeUE4Ac74GPW9z5aYkccbSadHjufnkp4un7QnDK86fAE/s200/PARTIC%257E1.JPG" width="200" /></a>Quando se fala em política, o primeiro pensamento que nos ocorre é aquele que nos leva a associar política com eleições e voto. Esta é uma forma de expressá-la, mas votar é o mínimo que nós podemos fazer. Política é muito mais! A política está inserida em todos os espaços; em casa, na escola, no trabalho, na rua e em todos os lugares, Aristóteles já dizia que “o ser humano é um animal político.”</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
</div>
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É impossível pensar nossas vidas sem a política, estamos a todo o momento expostos a ela. Mas quero chamar atenção para uma política no qual não devemos abrir mão, falo da nossa participação na administração da cidade. </div>
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Muitas vezes reclamamos da atuação dos prefeitos e vereadores, dizemos que não fazem nada, que roubam, etc., mas e nós cidadãos? O que estamos fazendo para que isto não aconteça? É nosso papel fundamental participar da construção política de nossa cidade, afinal somos democracia e nela quem manda é o povo! Prefeitos e vereadores são apenas os “representantes” de nossas necessidades, estão à nosso serviço, são bem pagos com o dinheiro do nosso IPTU, luz, água, IPVA, ICMS, telefone, alimentos e tantos outros. Será que todos nós sabemos que no preço de todas as coisas que consumimos estão inseridas taxas de impostos que chegam até 65% do valor do produto? É isso minha gente, é por isso que nosso salário não rende e é papel dos municípios suprir com todas as outras demandas (habitação, lazer, educação, saúde, cultura, saneamento básico, assistência social, etc.) que fogem do poder de nossa renda.</div>
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Podemos ter a certeza que a qualidade de vida da população sempre se eleva quando o povo participa politicamente da administração das cidades. E isso não é coisa de outro mundo. Basta apenas participar de associações de moradores, ir às reuniões de câmara, cobrar dos vereadores e prefeitos as promessas da eleição, participar dos conselhos de saúde, educação, assistência social e outros. Uma cidade só se desenvolve assim. Agora, esperar que as melhorias que esperamos virão pela “boa vontade” de nossos representantes não é nada mais que uma grande ilusão. Em cidades onde o povo não participa, acontece sempre aquela velha história: Corrupção, corrupção e corrupção...</div>
<br />Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-91614271191772825302010-12-12T12:14:00.000-08:002010-12-12T13:04:02.588-08:00Educação: avanços e retrocessos do governo Lula<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh37M1ibVUEvk3kF8juRae2TsGls7eXY2OOfdCGKISKdn6vou9xmZJa-98t2Wr_nvwChpdjZsKTQayayNQ6mEsfw0zWyeXRmSsqnC2GjAHHzV0I7HVFnyIwCUPJpAq13hTzosHv-tBQ3OQ/s1600/educao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh37M1ibVUEvk3kF8juRae2TsGls7eXY2OOfdCGKISKdn6vou9xmZJa-98t2Wr_nvwChpdjZsKTQayayNQ6mEsfw0zWyeXRmSsqnC2GjAHHzV0I7HVFnyIwCUPJpAq13hTzosHv-tBQ3OQ/s320/educao.jpg" width="320" /></a><br />
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A expansão das universidades federais não impediu o crescimento do ensino superior privado e nem a mercantilização da formação. Entrevistas com Moacir Gadotti (Instituto Paulo Freire), Roberto Leher (UFRJ), Augusto Chagas (UNE), Camila Lisboa (Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre), Clara Saraiva (Anel), Lisete Arelaro (USP). Ilustrações: Carvani</div>
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Por Gabriela Moncau e Otávio Nagoya</div>
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Encerrado o ciclo de oito anos do governo Lula da Silva, se faz necessário voltar o olhar para as políticas implementadas em âmbito federal a fim de se estabelecer um balanço crítico e embasado a respeito dos avanços e retrocessos do período. No que se refere à política educacional, o governo do PT pôs em prática uma série de mudanças significativas como o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o Novo Enem, o acréscimo de um ano no ciclo do ensino fundamental, a Reforma Universitária que engloba programas e medidas provisórias como o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), o Programa Universidade para Todos (PROUNI), o Ensino à Distância, entre outras, que merecem ser destrinchadas. </div>
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Dentre as diferentes avaliações sobre a educação brasileira, uma parece ser consenso: o governo Lula avançou em relação ao governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). “Lula avançou bastante em comparação às políticas anteriores. Em primeiro lugar, no acesso ao ensino superior, a expansão das universidades públicas e federais foi extraordinária. O acesso ao ensino médio foi extraordinário também”, relata Moacir Gadotti, presidente do Instituto Paulo Freire.</div>
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Em contraposição, para Roberto Leher, docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), houve um avanço explosivo do setor privado da durante os últimos oito anos: “Quando FHC concluiu o seu mandato, tínhamos aproximadamente 30% das matrículas no setor público e agora temos em torno de 24%”. Porém, o professor acredita que antes de fazer um balanço do governo Lula, é necessário contextualizar a realidade brasileira com a educação mundial que, para ele, tem substituído seu papel de produção de conhecimento para simplesmente formar uma força de trabalho mais flexível e desregulamentada. “O padrão de educação superior foi mundializado e chegou ao Brasil. Esse padrão compreende, de fato, que a educação é um negócio. Pode ter alguma regulamentação, mas é um campo aberto para lucro”, define.</div>
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<span style="color: yellow;">Financiamento</span></div>
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Durante a década de 1990, os administradores do Estado brasileiro afirmavam que o problema da educação estava relacionado com má organização de gestão. Essa ideia, que permaneceu durante a década de 2000, é rechaçada pelos educadores. O movimento de educação afirma que o maior problema da área é o baixo financiamento. Durante os últimos 20 anos, a parcela do Produto Interno Bruto (PIB) destinada à educação se manteve em torno de 4%. Em 2000, FHC aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE) que, devido à pressão do movimento social de educação, institui que 7% do PIB sejam destinados à educação pública. FHC, no entanto, vetou esse artigo, mantendo os 4%. </div>
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A grande esperança dos movimentos de educação com o Governo Lula era a retirada do veto, aprovando 7% do PIB para educação. Segundo Moacir Gadotti, a não retirada do veto por parte de Lula “é uma das reclamações que fazemos, mas ele fez intermediações e pôs um prazo para aumentar. Além disso, triplicou o orçamento do MEC, isso é uma vantagem.” Augusto Chagas, 28 anos, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e estudante de Sistemas de Informação na Universidade de São Paulo (USP), compartilha a opinião de Gadotti: “Temos uma marca muito expressiva que é o aumento real de financiamento da educação nesse período. Em 2002, o orçamento do MEC era de R$20 bilhões, hoje é de R$ 70 bilhões”.</div>
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Os setores mais críticos ao Governo Lula apontam que o maior financiamento na educação se deve ao ciclo expansivo da economia brasileira, que ocorreu entre 2005 e 2008. “Não foi um aumento em termos relativos, mas sim em termos absolutos em relação aos gastos da união, que permaneceram os mesmos 4% do governo FHC”, destaca Leher. Para Camila Lisboa, 26 anos, estudante de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da Comissão Executiva Nacional da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (Anel), o investimento destinado para a educação não é suficiente, já que “o governo gastou 36% do orçamento de 2009 com os títulos da dívida pública. Ao longo dos 8 anos do governo Lula os lucros dos empresários e banqueiros aumentaram 400%”. Também integrante da Comissão Executiva Nacional da Anel, a estudante de Serviço Social de 23 anos Clara Saraiva aponta que o investimento educacional de Lula sofre mudanças de acordo com a situação econômica. “No auge da crise econômica, em 2009, o governo também cortou mais de R$1 bilhão para a educação”, completa.</div>
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<span style="color: yellow;">Um país analfabeto</span></div>
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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais é de 9,8% da população, correspondendo a cerca de 19 milhões de analfabetos. Comparado a alguns de nossos vizinhos latino-americanos, estamos bastante atrasados: segundo levantamento de 2007, feito pela Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade), em Cuba a porcentagem é 0,2%, no Uruguai é 1,9% e na Argentina, 2,8. Não à toa, a professora da Faculdade de Educação da USP e pesquisadora na área de política educacional Lisete Arelaro destaca a educação de jovens e adultos, particularmente no que tange a alfabetização, como “uma das grandes decepções em relação ao governo Lula. É uma dívida social e que se esperava que pudesse ter sido enfrentada em outro patamar de qualidade”.</div>
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Para Moacir Gadotti, a alfabetização de jovens e adultos representou uma lacuna no governo Lula, “faltou um plano nacional de erradicação do analfabetismo. Aliás, hoje nós temos o mesmo número e analfabetos que tínhamos quando Paulo Freire foi exilado, em 1964.”. Gadotti conta que, no início do mandato petista, Cristovam Buarque foi nomeado Ministro da Educação e criou uma Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo. Ainda em 2003, foi inaugurado o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), com a promessa de erradicar o analfabetismo em quatro anos. No mesmo ano, Buarque é substituído por Tarso Genro e a política de alfabetização é abandonada. “Tarso Genro extinguiu a secretaria e se focou mais na universidade. Em 2005, entra o Fernando Haddad, continuando a política do Genro”, conclui Gadotti.</div>
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Confira na íntegra em em <a href="http://carosamigos.terra.com.br/">http://carosamigos.terra.com.br/</a></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-37753827962543720372010-12-12T07:24:00.000-08:002010-12-12T07:26:38.981-08:00Emergente? Só a cabeça:: Clóvis Rossi<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLFOdB3LSXs3yX3IoFHDDbx7MhBIVnj4uKkMxHWFI4fw1UvqkQxmHP8LXN5_pa4FThBXBpUeqLu7lvlE7vWCdwUpOUkOcQRzWr7Wk3fXp5Ouf3_jQKnYaoKvuSIt4iwYFlxqEaUwzlHfQ/s1600/nadando-asfalto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; height: 132px; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; width: 206px;"><img border="0" height="211" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLFOdB3LSXs3yX3IoFHDDbx7MhBIVnj4uKkMxHWFI4fw1UvqkQxmHP8LXN5_pa4FThBXBpUeqLu7lvlE7vWCdwUpOUkOcQRzWr7Wk3fXp5Ouf3_jQKnYaoKvuSIt4iwYFlxqEaUwzlHfQ/s320/nadando-asfalto.jpg" width="320" /></a></div>
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O caminho ainda é longo...</div>
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PARIS - Eis o país que Dilma Rousseff vai receber: </div>
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1 - Os brasileiros que ganham mais de R$ 10.200 são apenas 3 milhões. Os brasileiros que sobrevivem com menos de R$ 1 mil vão a 79 milhões. Detalhe: estamos falando de renda familiar, não individual. Ou, em porcentagens: apenas 1,5% dos brasileiros habitam o que Elio Gaspari chamaria de andar de cima. Uma massa formidável de 41% mora mesmo é no porão. Outros 40%, pouco mais ou menos, ocupam o andar de baixo. Estatística à parte, o mais elementar sentido comum manda chamar de pobres esses 80%.</div>
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2 - Por incrível que possa parecer, há brasileiros em condição ainda pior, conforme constatou o jornal "O Estado de S. Paulo", ao visitar dados do Ministério de Desenvolvimento Social: "Entre as 12,7 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa-Família, 7,4 milhões (58%) encontram-se na faixa de renda entre R$ 70 e R$ 140 mensais por pessoa da família. Dessas, 4,4 milhões (35% do total dos beneficiários) superaram a condição de extrema pobreza com o pagamento do benefício. Mas ainda restam 5,3 milhões (42%) de miseráveis no programa". Posto de outra forma, quase a metade dos pobres entre os pobres não levanta cabeça nem mesmo com a ajuda do governo, de resto indispensável para que pelo menos não morram de fome.</div>
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3 - Dispenso-me de rememorar os dados desastrosos sobre educação, divulgados esta semana e já abundantemente comentados. Fico apenas na constatação de que o desnível educacional entre a escola dos mais ricos e a dos mais pobres é uma forma de perpetuar as condições acima descritas. Dá para dizer que um país assim é emergente? Só pelo critério usado pelo pesquisador Francisco Soares (UFMG): "É como se tivéssemos tirado a cabeça fora d"água, mas a praia ainda está muito longe</div>
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Confira essa matéria na íntegra em <a href="http://gilvanmelo.blogspot.com/">http://gilvanmelo.blogspot.com/</a></div>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5246334317505517139.post-50716237848797051292010-12-11T22:17:00.001-08:002010-12-11T22:17:10.065-08:00O que é política?<iframe class="youtube-player" frameborder="0" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/8YJyFyn9iTI" title="YouTube video player" type="text/html" width="425"></iframe>Alexandre Macedohttp://www.blogger.com/profile/14973002108393938092noreply@blogger.com0