No nosso primeiro artigo, tratamos aqui sobre o que seria a verdadeira política, aquela voltada para o bem-estar e satisfação plena das necessidades de uma determinada população. Dessa vez, vamos fazer o contrário, tentaremos entender o que é a politicagem.
A politicagem é a maneira mesquinha de fazer política, ou seja, é a prática voltada para os próprios interesses e recheada de demagogia. Geralmente, ela é embasada na troca de favores, algo do tipo: “Toda sua família vota em mim e quando eleito lhes darei o que vocês precisarem!”. É sempre a mesma história, é dentadura pra um, material de construção para outro, tratamento médico, ofertas de cargos públicos, dinheiro, etc. O pior é que as pessoas não enxergam que, ao mesmo tempo em que recebem tais benefícios do candidato “bonzinho”, estão colocando no poder uma salafrário, charlatão e corrupto, que lá, vai estar por quatro anos buscando sempre uma maneira de favorecer a si próprio. Tais politiqueiros pensam que toda obrigação que deviam ao povo foi cumprida quando pagou pelos votos. Candidato assim não se preocupa, pois sabe que quando estiver no poder vai recuperar todo o dinheiro investido. E “metem a mão” uma vez para recuperarem os gastos da campanha, “metem a mão” novamente para pagar o “favorzinho” que havia esquecido para a Dona Maria, e “metem a mão” de novo para embolsarem um pouco, pois se consideram também “filhos” de Deus e merecem uma “recompensa”. E o final da história vocês já sabem, passam se quatro anos e a cidade não sai do lugar.
Em época de campanha é sempre do mesmo jeito, o candidato te reconhece do outro lado da rua, pega na sua mão e te mostra aquele sorriso, sem antes nunca ter olhado na sua cara. Nos comícios é aquele “bate-boca” infindável, faltando citar a mãe do outro na polêmica. Se fossem verdadeiros políticos, estariam ali com a população discutindo idéias e sonhos a fim de construir uma cidade mais humana, justa e fraterna. Se tivessem vocação e entendimento político, conscientizavam as pessoas do poder que elas têm nas mãos; de opinar, criticar, cobrar e também participar de todas as decisões do município.
Não devemos nunca nos esquecer que somos responsáveis por aqueles que elegemos. Após as eleições é preciso acompanhar de perto o trabalho de nossos representantes, participando e opinando nas reuniões de câmara, cobrando promessas eleitorais, exigir transparência no orçamento público, etc. Enfim, é preciso entender que vereadores, prefeitos, deputados e outros, são simplesmente EMPREGADOS do povo, e ao povo devem toda a obrigação.
E nunca se esqueçam, qualquer melhoria rumo ao desenvolvimento de uma cidade, seja na cultura, educação, esporte, saúde e outros, depende da política. Por isso, da próxima vez, analisem o passado político de seus candidatos, votem conscientes e não deixem prevalecer a velha história de que “brasileiro tem memória curta.” Afinal, quatro anos é muito tempo para se perder...
Alexandre Macedo
(Artigo publicado na Revista Sou + Minas de Capelinha-MG)
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