E cheguei a conclusão de quanto eu corria, corria, corria... "Tentando morder o próprio rabo", "dando murro em ponta de faca", "tapando o sol com a peneira" ou sei lá, como posso definir essa pressa que , pouco a pouco vai nos desumanizando...
Pessoas andam sempre num vai e vem, atropelando umas às outras sem pelo menos tempo pra pedir desculpas, olhares indiferentes, cabeça baixa em direção aos ponteiros do relógio calculando ,talvez, o dinheiro que estão perdendo. Já que também se perderam na lógica capitalista de que "tempo é dinheiro."
Os dias passam cada vez mais velozes, e o que vejo é a nossa sociedade se mecanizando, pessoas cada vez mais indiferentes e infelizes. Esqueceram que a felicidade é algo simples e que a modernidade complicou tudo. O neoliberalismo nos levou a acreditar que o TER é o sentido de nossas vidas e que o SER não importa muito. Enquanto isso nosso espírito se agoniza em busca de algo que não encontramos nas coisas materiais, somente nas pessoas... São respostas que só são transmitidas através de um olhar, de um sorriso,um abraço, um beijo, uma canção, poesia,etc. Tais coisas parecem nem existir, com tanto individualismo e alheamento estamos acabando com a humanidade. É urgente resgatar nossa essência humana para que possamos viver essa vida de forma intensa. É preciso lutar contra esse sistema que nos engana a todo o tempo insistindo que "o lugar de ser feliz é o supermercado."Felicidade é mais que isso, ela está tão perto que não estamos vendo-a ,se quiser ver, faça o mesmo, pare um pouco, adie sua rotina, atrase alguns compromissos e comece a refletir isso que você chama de vida. E verá que o tempo perdido foi aquele no qual você ,em algum momento, deixou de amar...
Alexandre
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