Que é o Homem?



Por Júlio César  http://twitter.com/#!/jcientista

Homem – do latim homine significa qualquer indivíduo pertencente à espécie animal que apresenta maior grau de complexidade na escala evolutiva. (Aurélio) Antropologia física. Vertebrado, pertencente à classe dos Mamíferos, subclasse dos Placentários, ordem dos Primatas, família dos Hominídeos, gênero Homo, que se encontra representado na atualidade por uma única espécie, o Homo Sapiens Lin, com vários grupos, raças, sub-raças e tipos ou fácies locais.



Também se define como o único animal mamífero de posição normal ou vertical, capaz de linguagem articulada, constituindo entidade moral e social. (Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura) Há no homem três coisas: 1.º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2.º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3.º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o espírito". (Kardec, 1995)

Os filósofos pré-socráticos tinham como objetivo a busca do princípio único, o arché de todas as coisas. As suas especulações voltavam-se para o Universo e o Cosmo.

Posteriormente surgiu Sócrates, que passou a inquirir sobre o próprio homem, no sentido de compreender o seu íntimo e o móvel de suas ações. O conhece-te a ti mesmo ou a autoconsciência do homem é o seu método de estudo.

Depois disso, os filósofos nunca mais pararam de questionar sobre o homem e sua função na sociedade. A filosofia, doravante tornou-se antropocêntrica, ou seja, colocou o homem no seu centro de discussão.

Pode-se dizer que a filosofia é uma forma de compreensão da vida e do mundo. Podemos especular sobre o mundo, sobre o ser, sobre a verdade e sobre a justiça; podemos perscrutar e elaborar análises sobre os mais variados temas; podemos tentar apreender o que é o bem e o que é mal. Contudo, no fundo de tudo isto está o homem.

Devíamos, assim, pedir à filosofia que nos ajude a compreender o mundo humano, apontando-nos os caminhos que possam nos afastar do mal.

Diante desta colocação filosófica, pergunta-se: Que é o homem? Qual sua função? Qual sua natureza? E seu destino? Há, sobre o homem, muitas denominações: Alto e baixo, feio e bonito, elegante e deselegante, gordo e magro. Humilde e orgulhoso, caridoso e egoísta, justo e injusto, virtuoso e viciado, bom e mau.

Homem econômico (Marx), Homem instintivo (Freud), Homem angustiado (Kierkegaard), Homem existente (Heidegger), Homem utópico (Bloch), Homem falível (Ricouer), Homem hermenêutico (Gadamer), Homem problemático (Marcel).

Do livro Gênesis, do Antigo Testamento, extraímos: 1) "E formou o Senhor Deus o homem do barro da terra, e inspirou no seu rosto o sopro da vida; e o homem tornou-se alma vivente"; 2) "Deus criou o homem à sua imagem e conforme a sua semelhança". O homem está no mundo, mas não é do mundo. Há a sua corporeidade, mas também a sua espiritualidade, que o faz transcender o mundo da matéria. Além de ser cultural, social, familial, o homem é único e uno.

À medida que o homem exercita sua inteligência, ela amplia-se. Do simples chegamos ao complexo; do conhecido ao desconhecido. Porém, surgem, também, os desmandos intelectuais, ou seja, o homem começa a se colocar acima do Criador, enveredando-se pela trilha do orgulho.

Nesse mister, o ser humano jamais deveria orgulhar-se da sua inteligência. Se Deus, na sua infinita bondade, concedeu-nos a oportunidade de renascermos num meio em que possamos desenvolver a nossa inteligência, é para que a utilizemos em nosso benefício e dos nossos semelhantes. A inteligência desenvolvida é um talento com finalidade útil nas mãos das criaturas, para que estas ajudem àqueles que têm uma inteligência menos desenvolvida, objetivando fazer com que se aproximem, cada vez mais, do Criador.

Julio César Cientista Religião e Antropólogo.

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