Por Alexandre Macedo
(Texto publicado no Jornal 'A cidade" de Capelinha-MG)
Falar em política, muitas
vezes, gera até desânimo por parte daqueles que sonham em fazê-la acontecer de
forma honesta e em benefício do povo. Já ouvi muitos dizerem: “Desisto! Isso é
coisa de gente suja!” “Não tem jeito, ninguém muda isso!”. É tarefa importante
a cada cidadão pensá-la de outra forma. Diz o ditado: “A audácia dos maus se
alimentam da covardia dos bons.
Particularmente, queria
poder não opinar sobre ela e viver a vida bem quieto no meu “quadrado”. Mas,
infelizmente, entendi que não é assim que a sociedade funciona. Todos os
avanços sociais dependem diretamente da política, ao
contrário disso, só poderemos continuar reunindo algumas cestas básicas à
famílias carentes, reproduzindo assistencialismos que não mudam a vida de
ninguém. Chega!
Vivemos sob regime de uma
tal “democracia representativa” no qual elegemos pessoas de nossa confiança que
vão administrar o dinheiro recolhido dos nossos impostos (água, luz, alimentos,
telefone, IPVA, IPTU, ICMS,etc.). Mas, geralmente, as coisas não acontecem como
deveriam.
Vivemos no Vale do
Jequitinhonha, região que lá fora é reconhecida como o “Vale da miséria”. Não
gostamos de sermos vistos assim, mas é a pura verdade. É miserável sim!
Miserável devido aos vícios da velha politicagem que vigoram nas nossas cidades. Politiqueiros que
fazem da política um jogo de interesses particulares esquecendo-se das
necessidades do povo.
São amadores que fazem do
coronelismo e clientelismo suas formas de governo. Dizendo assim, não pretendo
culpar ninguém diretamente, mas se a carapuça servir, que vistam!
Já dizia o filósofo Rousseau
que “a política é arte da construção da vontade geral”, para isso, é preciso
nos desvencilharmos de interesses próprios e construímos projetos coletivos.
Essa é a verdadeira política. Aqueles que só enxergam o próprio umbigo que
sumam da vida pública, estes não nos servem!
Termino sugerindo a interessante
ideia de que os nossos vereadores de Capelinha esclarecessem sobre o “mensalão
municipal” supostamente ocorrido na nossa cidade. Há várias versões e uma só
verdade, e é desta verdade que o povo quer e precisa saber. E ninguém melhor do
que eles para nos informar sobre isso. Afinal, transparência é um dos
principais instrumentos para legitimar a democracia. E que aproveitassem a
oportunidade para nos informar sobre a “morte da oposição”, será que isso
realmente aconteceu? Tomara que não, ausência de oposição é sinônimo da decadência
da nossa tão “perrengue” democracia. Um Feliz 2011 cheio de paz e saúde a todos
os leitores. É o que desejo.
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