Um convite à política

Artigo publicado no Jornal "A Cidade" de Capelinha-MG
Por Alexandre Macedo

Quando se fala em política, o primeiro pensamento que nos ocorre é aquele que nos leva a associar política com eleições e voto. Esta é uma forma de expressá-la, mas votar é o mínimo que nós podemos fazer. Política é muito mais! A política está inserida em todos os espaços; em casa, na escola, no trabalho, na rua e em todos os lugares, Aristóteles já dizia que “o ser humano é um animal político.”



É impossível pensar nossas vidas sem a política, estamos a todo o momento expostos a ela. Mas quero chamar atenção para uma política no qual não devemos abrir mão, falo da nossa participação na administração da cidade.



Muitas vezes reclamamos da atuação dos prefeitos e vereadores, dizemos que não fazem nada, que roubam, etc., mas e nós cidadãos? O que estamos fazendo para que isto não aconteça? É nosso papel fundamental participar da construção política de nossa cidade, afinal somos democracia e nela quem manda é o povo! Prefeitos e vereadores são apenas os “representantes” de nossas necessidades, estão à nosso serviço, são bem pagos com o dinheiro do nosso IPTU, luz, água, IPVA, ICMS, telefone, alimentos e tantos outros. Será que todos nós sabemos que no preço de todas as coisas que consumimos estão inseridas taxas de impostos que chegam até 65% do valor do produto? É isso minha gente, é por isso que nosso salário não rende e é papel dos municípios suprir com todas as outras demandas (habitação, lazer, educação, saúde, cultura, saneamento básico, assistência social, etc.) que fogem do poder de nossa renda.



Podemos ter a certeza que a qualidade de vida da população sempre se eleva quando o povo participa politicamente da administração das cidades. E isso não é coisa de outro mundo. Basta apenas participar de associações de moradores, ir às reuniões de câmara, cobrar dos vereadores e prefeitos as promessas da eleição, participar dos conselhos de saúde, educação, assistência social e outros. Uma cidade só se desenvolve assim. Agora, esperar que as melhorias que esperamos virão pela “boa vontade” de nossos representantes não é nada mais que uma grande ilusão. Em cidades onde o povo não participa, acontece sempre aquela velha história: Corrupção, corrupção e corrupção...

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