Por Alexandre Macedo
Artigo publicado no Jornal "A Cidade" de Capelinha-MG, 05/01/2011
Sonhamos com uma
cidade onde possamos nos sentir construtores dela, assim amaremos de verdade o
que foi produto dos nossos sonhos.
Sonhamos com uma
cidade onde existam várias manifestações culturais espalhadas por ela: teatro,
dança, música, artesanato, culinária, costumes religiosos, folclore, leitura,
etc. E que isto seja freqüente! Nossas almas se regozijam com a arte; maneira
pela qual o ser humano revela suas potencialidades e se assemelham ao Criador.
Sonhamos com uma cidade
livre de todo e qualquer tipo de preconceitos raciais, religiosos, de gênero,
de classe social ou qualquer outro. Que o amor prevaleça acima de qualquer
diferença, assim como Cristo ensina.
Que os nossos pobres
tenham atenção especial por parte dos administradores, que alcancem a
dignidade, sendo capacitados a garantirem o próprio sustento ao invés de
contarem com simples “esmolas” que não modificarão suas vidas.
Que nossos
representantes sejam transparentes, levando ao conhecimento do povo todas as
suas ações e projetos para que possamos entender realmente o que se passa. Ao
contrário, só poderemos deduzir, acreditando no primeiro boato que nos contam.
Que convoquem audiência pública, falem através das rádios, jornais ou qualquer
outro meio. Que tenham coragem de denunciar irregularidades e convidem o povo a
ajudá-los a tomarem decisões coletivas. Assim como deve ser a legítima
democracia.
Que eles nunca
afirmem que “o povo não se interessa por política”, isso não passa de simples
demagogia. O povo não foi educado politicamente a participar, não tivemos essa
matéria em nossas escolas. Precisamos de projetos de conscientização e
participação política que capacite os cidadãos a se inserirem nos espaços
democráticos como: conselhos, associação de moradores e outros. Sem esquecer
que vivíamos sob uma cruel ditadura há poucos anos atrás, onde não tínhamos o
direito de expressar nossas opiniões. (infelizmente isso ainda acontece).
Que nossos
representantes saibam aceitar nossas críticas. Que tenham sabedoria para
entender que a sociedade só avança por meio das contradições. Quando não há
críticas, o comodismo sempre vigora.
Sonhamos com uma
cidade em que nós cidadãos, tenhamos acesso à prestação de contas do nosso
município, afinal é o nosso dinheiro que é administrado, e a isso temos todo o
direito.
Sonhamos com o dia em
que nossa cidade terá plenas condições de acolher os capelinhenses ausentes que
sonham em voltar para essa terra para junto de seus familiares e que aqui
encontrem todo o necessário.
Enfim, sonhamos com o
dia em que a verdadeira política será real. Aquela que visará com sabedoria e
atenção unicamente os interesses do povo e deixará de ser simples acordo feitos entre poucos.
Que tenhamos
realmente um Ano Novo, livre de erros velhos. Que possamos caminhar juntos;
Poder Executivo, Legislativo e cidadãos ativos rumo à construção da nossa Bela
Capelinha. É o que esperamos.
O socialismo não é uma sociedade beneficente, não é um regime utópico, baseado na bondade do homem como homem. O socialismo é um regime a que se chega historicamente e que tem por base a socialização dos bens fundamentais de produção e a distribuição equitativa de todas as riquezas da sociedade, numa sitação de produção social. Isto é, a produção criada pelo capitalismo: as grandes fábricas, a grande pecuária capitalista, a grande agricultura capitalista, os locais onde o trabalho humano era feito em comunidade, em sociedade; mas naquela época o aproveitamento do fruto do trabalho era feito pelos capitalistas individialmente, pela classe exploradora, pelos proprietários jurídicos dos bens de produção."
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